Futuro da armazenagem será discutida em conferência brasileira de pós-colheita

Além das conferências e painéis, o evento contará com o espaço dos expositores, que será uma vitrine tecnológica de produtos, tecnologias e soluções relacionadas a pós-colheita.

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Cursos sobre armazenagens de grãos

Com o tema “gestão da pós-colheita de grãos para sustentabilidade do agronegócio”, a VIII Conferência Brasileira de Pós-Colheita (VIIICBP2023) vai reunir os principais especialistas do setor para promover o debate sobre os desafios e avanços do pós-colheita no Brasil, onde a produção de grãos cresce, safra após safra, exigindo cada vez mais aprimoramento das unidades armazenadoras e ampliação do setor.

O evento será realizado em Rio Verde, a capital do agronegócio, de 24 a 26 de outubro, no Centro Tecnológico Comigo, em Rio Verde (GO). Em paralelo, a Associação Brasileira de Pós-colheita (Abrapos), promotora do evento, também realiza o V Simpósio Goiano de Pós-Colheita de Grãos. Conferência e Simpósio devem reunir cerca de 600 profissionais da área e divulgar 150 trabalhos científicos.

O presidente da Abrapos, José Ronaldo Quirino, ressalta que a conferência é uma oportunidade para conhecer as novas tecnologias, as boas práticas operacionais e a importância da segurança no pós-colheita.

Infraestrutura de armazenagem

No primeiro dia, em três conferências e um painel, o evento vai tratar de temas importantes do setor, como segurança nas unidades armazenadoras, implicações da contaminação dos grãos, influência da produção no campo na qualidade de armazenagem dos grãos e a infraestrutura de armazenagem e de transporte no contexto do escoamento da safra de grãos.

Para falar sobre a infraestrutura de armazenagem, um dos mais importantes tópicos do evento, o conferencista convidado é o superintendente de armazenagem da Conab, Stelito Assis dos Reis Neto. Ele divulgará dados inéditos durante sua conferência que mostrarão o panorama deficitário da infraestrutura de armazenagem no País.

Dados da Conab apontam que o Brasil tem uma capacidade estática de armazenagem de 198 milhões de toneladas e, segundo dados do IBGE, a estimativa de agosto prevê safra recorde de 313,3 milhões de toneladas para 2023. O estado com maior capacidade é o Mato Grosso, com 48 milhões de toneladas, seguido pelo Rio Grande do Sul com 32 milhões de toneladas e o Paraná com 30 milhões de toneladas. Na avaliação do especialista, a análise do déficit de capacidade estática precisa ser regionalizada, pois é variável dependendo da região do País.

Outro tema que será debatido em conferência é as “Implicações internacionais da contaminação dos grãos com sementes de plantas daninhas e demais contaminantes na comercialização”. Pedro Alberto Nunes de Matos, diretor daAssociação das Supervisoras e Controladoras do Brasil (ASCB) e membro do Comitê de Empresas Fumigadoras da ANEC, irá falar sobre as crescentes exigências fitossanitárias e cada vez mais restritivas pelos países importadores.

Matos reforça que os produtores devem estar cada vez mais atentos para a qualidade dos grãos, pois os importadores de commodities agrícolas, com ênfase para a China, estão impondo cada vez mais restrições no que se refere a presença de contaminantes e exigindo cada vez mais qualidade do produto voltado para exportação.

Além das conferências e painéis, o evento contará com o espaço dos expositores, que será uma vitrine tecnológica de produtos, tecnologias e soluções relacionadas a pós-colheita, onde o público poderá ver de perto as inovações do setor que já estão no campo e disponíveis no mercado.

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