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Último dia da Semana Estadual da Agricultura Familiar destaca negócios no campo

Foram 3 dias de palestras e oficinas realizadas no centro de Tecnologia e Inovação (Centrer) da Emater, em Goiânia

A importância de gerir uma propriedade como negócio, com foco em tecnologia, custo, renda e produtividade foi um dos temas abordados no último dia da Semana Estadual da Agricultura Familiar. Hortas suspensas e a importância da regulamentação de casas de mel também estiveram em pauta.  Um dos destaques do evento foram as pesquisas recentes com bioinsumos apresentadas no segundo dia de programação. Um painel sobre o tema reuniu os pesquisadores Renato de Sousa Faria, Taís Ferreira de Almeida e Marta Cristina de Filippi.

Pesquisador da Universidade Federal de Goiás (UFG) e superintendente de Gestão Integrada da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Renato Faria falou sobre a criação do Programa Estadual de Bioinsumos (Lei nº 21.005/2021) e o objetivo estratégico de tornar Goiás o maior “hub de inovação em insumos biológicos do País”. Para ele, a substituição de insumos químicos convencionais por biológicos deve feita de forma gradual e sem ideologia.

Faria detalhou os principais desafios para a expansão dos bioinsumos: a delimitação do tema; o marco regulatório; a padronização de produtos, processos e tecnologias; a criação de modelos de negócios para a agricultura familiar; e a difusão de informações para todos no campo. “Os bioinsumos são o futuro da agropecuária. Já saímos na frente e precisamos muito que todos se engajem nesta missão de substituir os produtos de base química por produtos de base biológica”, conclamou.

A pesquisadora da Emater, Taís Ferreira, apresentou um panorama dos bioinsumos no País, mostrando que há 502 produtos biológicos registrados no Brasil e que, do total usado em campo, 66% são comerciais e 34% produzidos on farm. “Após 70 anos de controle biológico, estamos voltando a utilizar o que sempre esteve presente na natureza. Tanto o mercado quanto o consumidor estão absorvendo esses produtos”, destacou Taís. A pesquisadora também abordou desafios, entre eles o transporte e o acondicionamento até o uso: “Estamos falando microrganismos. São seres vivos e precisamos deles em condições de desenvolvimento satisfatório”.

A também pesquisadora Marta Cristina de Filippi, da Embrapa Arroz e Feijão, esmiuçou a diversidade de bioinsumos (promotores de crescimento, fertilizantes, produtos para nutrição vegetal e animal, defensivos e produtos fitoterápicos) e apresentou resultados de pesquisas realizadas por estudantes. Entre as perspectivas positivas apontadas pelos trabalhos, está a redução do uso de nitrogênio e o controle biológico de doenças. “Trabalhar com microrganismo vivo é importante, mas requer uma série de cuidados; trabalhar com o que ele produz é um passo adiante, padronizando e barateando o processo”, argumentou ela, que também é ligada à UFG.

Fonte: Comunicação Seapa

Fabiane Fagundes
Fabiane Fagundes
Jornalista especialista em agronegócio com formação em marketing digital e psicóloga em formação.
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