As commodities agrícolas tiveram movimentos distintos nas bolsas de Chicago (CBOT) e de Nova York (ICE Futures) nesta quinta-feira (21).
De acordo com Evandro Oliveira, da Safras & Mercado, o movimento de alta para o trigo pode ser explicado por um impulso a partir de sinais de escassez na oferta global, com o contrato se recuperando das quedas anteriores.
“A perspectiva de menor produção na França, somada às safras reduzidas na Argentina e na Austrália, impulsiona o mercado. Além disso, a China, enfrentando prejuízos em sua produção, está pronta para ingressar de forma mais robusta no mercado internacional. A fraqueza do dólar contribui para o cenário otimista. As oscilações foram acentuadas devido aos baixos volumes movimentados, típicos do fim de ano”, explica.
Para a soja, segundo Rafael Silveira, da Safras, o recuo da oleaginosa pode ser explicado pela situação da safra sul-americana.
“Temos chuvas benéficas apontadas nos mapas na região do Cerrado brasileiro. Fora isso, a situação na Argentina segue favorável, com o plantio dentro da janela, clima favorável e lavouras em boa situação”, diz.
De acordo com nova estimativa do governo argentino, a área plantada com soja na Argentina foi estimada em 16,7 milhões de hectares, 100 mil a mais em relação à previsão de novembro.
