O Sebrae Goiás em parceria com o Senar na Tecnoshow Comigo reuniu diversos representantes do setor produtivo para a assinatura de dois documentos: o Contrato de Prestação de Serviços entre Sebrae e Senai e o Protocolo de intenções entre Sebrae e Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) para consultoria no Programa Alimento Confiável.
O Programa Alimento Confiável é uma iniciativa que visa promover a segurança e a qualidade na produção de alimentos. Para conquistar o Selo Alimento Confiável, concedido pelo Senai, do Sistema Fieg, as empresas devem atingir no mínimo 85% de conformidade em um checklist de qualidade e segurança dos alimentos. O programa oferece consultoria baseada nos procedimentos sanitários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Entre os diversos benefícios do programa, segundo a analista técnica do Sebrae Fernanda de Freitas, está a obtenção do selo que garante qualidade dos produtos, adequação às normas higiênicas/sanitárias e segurança alimentar.
“Para os consumidores a vantagem é ter confiança ao adquirir o produto que será consumido, e para os os pequenos empresários rurais, melhoria na produção e, consequentemente, na qualidade do produto e na mitigação de possíveis falhas na produção”, explicou.
No Contrato de Serviços com o Senai, o Sebrae Goiás apoia o selo com consultoria preparatória com subsídio de 70% do valor, o que representa um incentivo para as empresas que buscam a excelência em suas práticas. O pequeno produtor arca com 30% dos custos. Já no Protocolo de Intenção, o Sebrae entra com 70% dos subsídios, e a Seapa com 30%, ou seja, a consultoria será gratuita. A diferença entre os dois serviços é que o primeiro é direcionado para a indústria alimentícia de bebidas e embalagens. Já o protocolo de intenções visa atender exclusivamente à agricultura familiar.
O titular da Seapa, Pedro Leonardo Rezende, destacou a importância da parceria que visa fortalecer as agroindústrias de pequeno porte.
“O que a gente tem buscado com esse projeto é o fortalecimento das pequenas agroindústrias para que os produtores, principalmente os produtores de leite, tenham mais alternativas de comercialização. O objetivo vai além de revisar legislações sanitárias, ambientais e tributárias, buscando adaptá-las às realidades produtivas dos pequenos empreendimentos. A gente pretende priorizar as regiões Norte e Nordeste de Goiás, que é onde está localizada grande parte dessas propriedades da agricultura familiar”, enfatizou.
A engenheira de alimentos do Senai Thais Santos, coordenadora do Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas, explicou que a indústria e o comércio de alimentos precisam atender a requisitos higiênicos sanitários exigidos e fiscalizados pelos órgãos fiscalizadores como vigilância, Agrodefesa e Ministério da Agricultura.
“O processo de avaliação é sistemático, validado por análises laboratoriais, e se estiver dentro dos parâmetros de conformidade, o selo é disponibilizado para os produtos das pequenas indústrias”, ressaltou. A engenheira complementou dizendo que o selo dá respaldo e sentimento de confiança ao consumidor, e é considerado um atestado de que o produto está livre de contaminação e é de qualidade.
Participaram das assinaturas das parcerias o presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae e do Sistema Faeg, José Mário Schreiner; o diretor superintendente do Sebrae Goiás, Antônio Carlos de Souza Lima Neto; o vice-governador Daniel Vilela; o secretário da Seapa, Pedro Leonardo Rezende; André Luiz Baptista Lins Rocha, vice-presidente do CDE do Sebrae, representando a Fieg; e Rubens Fileti, presidente da Associação Comercial e Industrial de Goiás, entre outras autoridades.