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Tecnologia da Embrapa ajuda a reduzir perdas promovidas pela estiagem na soja

Trata-se de um instrumento desenvolvido pela empresa em parceria com a brasileira NOOA e que proporciona maior segurança no ambiente de produção.

Retomada mais rápida do ciclo produtivo após eventos de estresse, maior estabilidade do ambiente biológico do solo, melhor arranque e estabelecimento da cultura, exploração de água em regiões mais profundas do solo, maior conservação de água na planta, lavouras que sofrem menos com as estiagens e que desenvolvem mais rapidamente com o retorno das condições ideais para a cultura.

Esses são os principais mecanismos de proteção do bioativo AURAS na cultura da soja. Trata-se de uma tecnologia desenvolvida pela Embrapa em parceria com a empresa brasileira NOOA e que proporciona maior segurança no ambiente de produção. O AURAS tem o isolado CMAA 1363, a única cepa de Bacillus aryabhattai validada pela Embrapa.

Marcelo Soares, Diretor de P&D da empresa brasileira NOOA, explica que os Bacillus aryabhattai não são iguais e que o produtor rural precisa ficar atento. Durante o estudo na caatinga, os pesquisadores da Embrapa encontraram diferentes isolados de Bacillus aryabhattai. Contudo, apenas a cepa CMAA 1363 apresentou as características necessárias para codificar tolerância à seca.

“O AURAS foi desenvolvido a partir do isolamento de bactérias da raiz de um cacto, o mandacaru. Essa bioprospecção foi realizada por pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente em um trabalho que se iniciou em 2009. Eles observaram que o microbioma da rizosfera das plantas estudadas na caatinga continha um conjunto de micro-organismos durante a estação das chuvas e outro na estação da seca. Depois de isoladas, as bactérias do período da seca foram selecionadas de acordo com as características relacionadas a tolerância à seca”, explica Marcelo.

Saiba mais

Após diversos estudos, verificou-se que o isolado CMAA 1363 produz substâncias que protegem e ativam os genes das plantas que possibilitam seu convívio com as altas temperaturas e os longos períodos de estiagem.

O Diretor de P&D da empresa brasileira NOOA destaca que esses mecanismos são divididos em quatro processos: desenvolvimento radicular, produção de substâncias que protegem e hidratam o sistema radicular, retenção de água na planta e produção de enzimas antioxidantes.

“Plantas sob estresse produzem muitas substâncias tóxicas às células. O Auras reduz o acumulo de componentes tóxicos, as conhecidas espécies reativas de oxigênio, transformando-os em substâncias não-tóxicas. Realizam, assim, uma profunda limpeza celular na planta, contribuindo para o equilíbrio da lavoura”, finaliza.

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