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Soja: Chuvas no Cerrado estancam perdas e trazem alívio no campo

Algumas consultorias já reduziram a previsão do potencial produtivo da safra, cujo trabalho de plantio no Brasil está no terço final. Mas, com uma tendência de clima mais favorável, a expectativa é de que as perdas deixem de se agravar.

As chuvas recentes nas lavouras de soja do Cerrado brasileiro trouxeram alívio para áreas ressecadas que sofreram com o forte calor, estancando perdas especialmente nos estados do Centro-Oeste, enquanto se busca estimar o tamanho da quebra de safra pelo tempo adverso em outubro e parte de novembro. A avaliação é da AgRural.

Algumas consultorias, incluindo a AgRural, já reduziram a previsão do potencial produtivo da safra, cujo trabalho de plantio no Brasil está no terço final, após atrasos devido à falta de precipitações. Mas, com uma tendência de clima mais favorável, a expectativa é de que as perdas deixem de se agravar.

“As chuvas que têm caído no Cerrado desde a metade da última semana foram muito bem-vindas, estanca perdas em áreas mais secas e volta a dar chance para talhões onde a umidade estava no limite”, disse o analista Adriano Gomes, da AgRural.

O plantio de soja da safra 2023/24 havia alcançado 74% da área estimada até última quinta-feira, contra 68% uma semana antes e 87% no mesmo período do ano passado, disse em relatório AgRural nesta segunda-feira, pontuando que a semana passada foi marcada pela melhora das chuvas em áreas secas do centro-norte, inclusive em importantes regiões produtoras de Mato Grosso.

“Estive na última semana em visita a lavouras do sul de Mato Grosso do Sul. O que mais marcou no início da semana passada foram as altas temperaturas, porém bons volumes (de chuvas) caíram e, além de melhorar a umidade, a temperatura também ficou mais agradável”, acrescentou.

Nesta área, as lavouras “estão com ótimo potencial”, embora estejam ainda em estágios iniciais. Em Mato Grosso, as chuvas têm sido mais frequentes, mesmo que estejam ainda irregulares, confirmou o analista.

Ele destacou que o Mato Grosso, maior produtor brasileiro de soja, perdeu parte do potencial produtivo, e “já não vai colher tão bem” e o momento é de trabalhar para mensurar as perdas e os efeitos dessas chuvas na produtividade.

No Sul do Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul, o problema é a chuva em excesso, que tem colaborado para manter a semeadura mais lenta.

O plantio brasileiro da soja agora é o mais lento para esta época do ano desde a safra 2015/16, disse a AgRural.

Já o plantio de milho primeira safra 2023/24 no centro-sul atingiu 83% da área até última quinta-feira, contra 80% uma semana antes e 88% no mesmo período do ano passado.

Saiba mais

Para o agrometeorologista da Rural Clima, Marco Antonio dos Santos, vai continuar chovendo “bem mais” no Sul do que na região central do Brasil ao longo dos próximos dias, “mas a tendência é realmente de uma regularização do regime de chuvas ao longo das próximas semanas” ao norte do país.

“Isso manterá uma condição mais favorável ao desenvolvimento das lavouras, bem como para a realização do tratos culturais, além de favorecer o término do plantio da safra de soja (no Cerrado)”, salientou.

Em boletim nesta segunda-feira, Santos disse que “há tendência de chuvas mais frequentes principalmente sobre todas as regiões do Cerrado”.

“Dificilmente teremos daqui para frente períodos longos de estiagem de dez dias. A tendência é de chuvas mais frequentes, ainda em volumes irregulares, mas mais frequentes na região central e norte”, completou.

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