O sistema integrado lavoura-pecuária (ILP) tem se consolidado como uma prática cada vez mais relevante no agronegócio brasileiro. Com a capacidade de recuperar pastagens degradadas e integrar diversas atividades produtivas, como a produção de grãos, fibras e carne, o ILP oferece uma solução inteligente para otimizar o uso da terra. Esse modelo, que integra a produção de grãos com a pecuária, tem se mostrado uma alternativa vantajosa para maximizar a rentabilidade das propriedades rurais, além de contribuir com a sustentabilidade do setor.
Apesar das vantagens teóricas, o sistema integrado também apresenta desafios que podem gerar receios entre os produtores. Um dos principais obstáculos mencionados é a dessecação das forrageiras. Esse processo, essencial para garantir o sucesso do sistema, exige cuidados específicos e pode ser fonte de incertezas.
O doutor Hemython Nascimento, pesquisador do Centro Tecnológico Comigo, destaca que existem alternativas para superar essas dificuldades. Ele aponta que, com a adoção de materiais de maior potencial produtivo, é possível otimizar o uso da pecuária dentro do sistema. “Nos últimos anos, tem se buscado forrageiras mais produtivas, como as do gênero Panicum, que oferecem grandes benefícios. Essas forrageiras não apenas aumentam a produtividade na etapa pecuária, mas também geram uma palhada de qualidade e volume suficiente para beneficiar a lavoura na safra seguinte”, afirma Nascimento.
Com a escolha adequada de forrageiras e técnicas de manejo bem implementadas, o produtor pode superar os desafios da dessecação e colher os frutos de um sistema integrado altamente eficiente.