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Seapa e parceiros implementam Projeto de Fruticultura Irrigada no nordeste de Goiás

Parceria entre Seapa, Governo Federal, instituições de ensino e pesquisa, além de entidades representativas do setor, visa incrementar a produção agrícola no Nordeste goiano

A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) vinculada ao Governo de Goiás, iniciou o processo de implantação do Projeto de Fruticultura Irrigada do Vão do Paranã, no nordeste goiano. A ideia foi criada e será operacionalizada pela Seapa, em parceria com o Governo Federal, instituições de ensino e pesquisa, além de entidades representativas do setor, que visa incrementar a produção agrícola na região, gerando emprego e renda.

Nesta primeira etapa, agricultores familiares dos municípios de Flores de Goiás, São João da D’Aliança e Formosa serão beneficiados com 150 kits de irrigação. Os equipamentos foram adquiridos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), com investimento federal de R$ 9,3 milhões.

O governador Ronaldo Caiado ressalta que o objetivo é criar um sistema de irrigação semelhante ao do Estado de Pernambuco, com capacidade de produção competitiva, que é referência no país em fruticultura. “O Vão do Paranã é uma área extremamente privilegiada tanto do ponto de vista do microclima quanto do volume de águas do rio Paranã”, afirma.

Além da parceria do Governo Federal, várias entidades goianas participam do projeto, cada uma dentro da sua área de atuação. A Semad (Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás) e a Agência Nacional de Águas (ANA), por exemplo, entram no projeto para fazer a parte de outorga do uso da água na região.

“O Senar vai trabalhar com a parte de capacitação e assistência técnica, o Sebrae nos apoiando. A OCB está capacitando os produtores para formar uma cooperativa. A UFG está capacitando para os produtores aprenderem a manipular e agregar valor a esses alimentos. A Embrapa Cerrados vai entrar com toda expertise, experiências e tecnologia em frutas. A Emater vai fazer o apoio técnico, na seleção dos produtores e as Prefeituras locais trabalhando no apoio aos produtores e na logística”, explica o superintendente de Engenharia Agrícola e Desenvolvimento Social da Seapa, José Ricardo Caixeta Ramos.

Os agricultores estão sendo capacitados em áreas como cooperativismo, manejo e gestão. “A primeira capacitação em cooperativismo foi realizada em novembro e reuniu 24 produtores, eles já deram início ao processo de formalização da cooperativa”, diz. O projeto prevê ainda a implantação de uma agroindústria para processar e comercializar a produção. “Isso vai impulsionar a formação do polo e abrir oportunidade para incluir mais produtores. A região tem pelo menos 4,5 mil agricultores familiares distribuídos por 42 assentamentos”, completa Ramos.

Essa primeira etapa do projeto abrange 300 hectares abastecidos pelas barragens do Rio Paranã e Ribeirão Porteira. A área tem capacidade de produção estimada em 4,2 mil toneladas de maracujá e 6 mil toneladas de manga por ano, o que deverá se efetivar a partir do segundo e terceiro anos de implantação das culturas, respectivamente. Os agricultores estão sendo selecionados por critérios técnicos, entre eles a disponibilidade de área e água e o interesse em participar das capacitações obrigatórias em manejo e gestão. Cada propriedade receberá um kit de irrigação para atender dois hectares.

“Este projeto cumpre a missão de criar oportunidades nas regiões mais carentes do Estado por meio da inclusão produtiva. Temos trabalhado nisso desde 2019 e estamos começando a ver o sonho se concretizar”, destaca o titular da Seapa, Tiago Mendonça. Entre os méritos da iniciativa, ele cita a geração de emprego e renda para famílias vulneráveis, a democratização do acesso à água das barragens do Rio Paranã e Ribeirão Porteira, o incremento e a diversificação da produção agrícola estadual e o desenvolvimento tecnológico e econômico da região Nordeste.

O pesquisador em Recursos Hídricos e Irrigação e chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Cerrados, Lineu Rodrigues, reforça que os assentados serão beneficiados com o melhor da tecnologia de manejo de irrigação. “A fruticultura tem uma importância especial pela quantidade de mão-de-obra que emprega e pela capacidade de gerar retorno econômico e desenvolvimento social. Temos a esperança de que, com o sucesso deste projeto, iniciativas semelhantes possam ser replicadas em outras localidades”.

“A região tem condições favoráveis de clima, solo e disponibilidade hídrica. Somamos a isso a tecnologia de irrigação e o resultado esperado é uma produção com quantidade e qualidade, capaz de atender aos mercados mais exigentes”, analisa o assessor técnico da Gerência de Agricultura Irrigada da Seapa, Alisson Luis Ferreira.

O projeto em fase de implantação, conta com equipes no nordeste goiano, já fazendo o cadastramento dos agricultores.

“Vamos cadastrar cada um desses produtores da região, olhando o perfil técnico, a capacidade hídrica e também pelo tamanho de área e depois disso eles serão capacitados com assistência técnica, pra depois ter acesso aos benefícios do projeto”, finaliza o superintendente de Engenharia Agrícola e Desenvolvimento Social da Seapa, José Ricardo Caixeta Ramos.

Janaina Honorato
Janaina Honorato
Jornalista especialista em agronegócio com formação em marketing digital. Experiência de 9 anos com comunicação para o agronegócio em reportagens de TV, rádio, impresso e internet.
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