Nesta semana, o fluxo de barcaças que transitam em alguns trechos do Rio Mississipi, nos Estados Unidos, precisou ser paralisado devido à seca que atinge o País. O Rio é a principal via de escoamento de grãos norte-americano para exportação.
Com o rio mais baixo, as barcaças descem menos carregadas, o que exige maior número delas para transportar o mesmo volume de grãos, num momento em que já há um desequilíbrio entre oferta e demanda de embarcações. Com isso, o preço do frete hidroviário sobe e pode ser repassado ao prêmio de exportação, com consequente aumento no preço FOB, conforme explica analistas do setor de grãos.
Uma das consequências já observadas foi a alta nos custos logísticos pelo rio. Atualmente, é preciso 41% a mais para fazer o transporte de Lowa ou Illinois até o Golfo do que custava há um ano. Caso o nível do rio continue recuando, o importador de grãos pode ter dificuldades maiores para acessar a soja dos EUA, por causa desse problema de logística.
Assim, o agricultor brasileiro pode ser chamado para suprir parte da demanda global neste momento. Porém, consultorias afirmam que se ocorrer algum incremento de venda da soja brasileira, não deverá ser muito grande.
Os norte-americanos estão colhendo a safra de grãos e precisam de barcaças disponíveis para garantir o escoamento da produção para o mercado global, outro desafio é o impacto no fluxo dos fertilizantes. Assim o problema de logística de escoamento gera perda de competitividade por lá e oportunidade de negócio para o agro brasileiro. Fonte: Reuters
