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SAFRA 2024/2025: Por que as usinas devem deixar etanol de lado neste fim de ciclo

Apesar do aumento no consumo de etanol no mercado interno brasileiro em 2023, as usinas têm apostado em um mix voltado mais ao açúcar, devido aos preços mais elevados da commodity. Segundo Marcelo Di Bonifácio, analista da StoneX, é notável que as usinas têm optado pelo açúcar, já que os preços se consolidaram acima de US$ 0,26 e buscam firmeza em US$ 0,27.

“O acumulado de açúcar produzido na safra atual (23/24) até outubro já é maior que todo ciclo anterior (22/23), e ainda temos mais cinco meses até o fim da safra 23/24 em abril, sem contar com a entressafra. Dessa forma, temos uma safra de maximização do mix em favor do açúcar, que deve continuar em 2024/2025 porque não há perspectiva para entrada de oferta de outros países, com o Brasil liderando a produção e as exportações do açúcar”, explica.

Com maior produção de açúcar, o etanol deve ter menor produção no Brasil. Apesar disso, não há certeza de maiores preços para o biocombustível.

“O etanol de milho tem ganho força, com grandes investimentos no Centro-Oeste, que deve ocupar maior parcela na cadeia do biocombustível, com maior foco da cana para o açúcar”, pontua.

Saiba mais

Por outro lado, para a StoneX, 2024 deve se iniciar já com um contexto tributário mais favorável ao etanol do que 2023, que contou com isenção de impostos federais para gasolina, que durou até março/23, e a limitação do ICMS de combustíveis na faixa entre 17% e 18% até junho/23.

Apesar da visão de um ganho da fatia do álcool hidratado em detrimento à gasolina, a perspectiva para a demanda pelo conjunto do Ciclo Otto deve se manter em alta, o que deve fazer com que o consumo do combustível fóssil fique em relativa estabilidade no próximo ano. Com a gasolina mais cara, a paridade do etanol deve cair nos postos, o que estimula a escolha pelo biocombustível.

Na visão da consultoria, em seu relatório sobre o Ciclo Otto, essa tendência deve se intensificar no próximo ano, sobretudo durante o pico de safra da temporada sucroenergética 2024/25 (abr-mar) do Centro-Sul, que deve trazer aumento na oferta de hidratado no mercado nacional.

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