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Rebanho goiano: Governo e setor produtivo buscam soluções para combater brucelose e a tuberculose

Objetivo foi atualizar sobre os avanços promovidos e discutir ações na identificação e combate às duas zoonoses, que têm mobilizado o Estado e o setor produtivo na busca pelo controle e erradicação.

A primeira reunião do ano da Comissão Estadual de Combate à Brucelose e à Tuberculose em Goiás foi realizada nesta semana. Sediado na Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), o encontro teve a participação de integrantes do Governo de Goiás, de universidades e do setor produtivo.

O objetivo foi atualizar sobre os avanços promovidos e discutir ações futuras na identificação e combate às duas zoonoses, que têm mobilizado o Governo de Goiás e o setor produtivo na busca pelo seu controle e erradicação.

O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leonardo Rezende, destacou a importância da superação desse desafio sanitário, especialmente para o fortalecimento da cadeia produtiva do leite.

“O momento é oportuno para que a gente trabalhe juntos para proteger essa atividade, que tem grande importância econômica e também social, já que mais da metade do leite produzido em Goiás vem de propriedades rurais de agricultura familiar”, esclareceu.

O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, agradeceu o empenho de todos em discutir um assunto tão importante para a pecuária goiana. Ele aproveitou para explicar que a Agência busca conferir uma nova dinâmica para tratar sobre o assunto, permitindo maior controle sobre a incidência dos casos.

O presidente da Comissão Estadual, Antônio Pinto, defendeu a necessidade de alavancar a vacinação da brucelose nas fêmeas em idade de três a oito meses, como forma de erradicar a doença no seu grupo de risco.

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Em comparação com a quantidade total de propriedades rurais dedicadas à pecuária de corte e de leite em Goiás, número de propriedades consideradas livres das duas zoonoses no estado é irrisório. No momento, apenas duas conseguiram a certificação, e outras duas estão em processo de certificação.

O gerente de sanidade animal da Agrodefesa, Rafael Costa Vieira, explicou que o baixo índice vacinal contra a brucelose nas fêmeas de bovinos e bubalinos é um dos maiores desafios enfrentados atualmente. Segundo dados apurados pelo gestor, em 2023 apenas 60,5% das fêmeas em idade vacinal foram imunizadas contra a doença. No mesmo período, nove pessoas foram confirmadas infectadas pela doença, e uma está em estudo em 2024.

Sobre a tuberculose, a última amostragem, realizada em 900 propriedades rurais do estado, apontou que em 3,43% das propriedades havia pelo menos um animal com a zoonose.

Durante a reunião, integrantes do setor produtivo solicitaram um maior apoio do poder público junto aos produtores. A ideia é sensibilizá-los sobre a importância da vacinação contra a brucelose, nos moldes da campanha da febre aftosa, tão eficaz que o Estado caminha para conquistar a certificação internacional de zona livre da doença sem vacinação.

Também pediram atenção para a criação de um fundo que possa indenizar o produtor que tiver o animal abatido diante da notificação das zoonoses. Tanto a brucelose quanto a tuberculose, ao serem notificadas, levam ao extermínio do animal.

Os gestores da Agrodefesa explicaram que, a partir de mês de maio, serão lançados no Sistema de Defesa Agropecuária (Sidago) formas mais eficientes para se fazer o registro do rebanho, como a inclusão do registro de nascimento e de vacinação dentro do Sistema. Dessa forma, o controle do rebanho em idade vacinal e a adesão da vacinação serão realizados com mais agilidade.

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