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México reabre seu mercado à carne bovina brasileira

Governo mexicano habilitou 34 plantas frigoríficas do Brasil

Após 12 anos de negociações, México reabre mercado para exportação da carne bovina brasileira. O Serviço Nacional de saúde, segurança e qualidade alimentar do México publicou essa semana as diretrizes que pretende adotar para importar a proteína do Brasil.

Além de divulgar os requisitos sanitários, o México já definiu a primeira leva de frigoríficos brasileiros aptos a vender a seu mercado. Ao todo, 34 unidades conquistaram a habilitação, dentre eles um no estado de Goiás.

“Esse é um momento histórico para as relações comerciais brasileiras, especialmente para a carne bovina. O Brasil mostra a potência e a grandiosidade da sua pecuária, e a expansão de mercados está se tornando uma grande oportunidade para a retomada do crescimento dessa atividade econômica. Habilitar 34 plantas frigoríficas para o México é um sonho de mais de uma década que o Brasil tinha e que conseguimos realizar”, afirmou, em nota, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro

Os mexicanos aprovaram as importações de carne de Santa Catarina, Estado reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como área livre de febre aftosa sem vacinação. O aval inclui carne fresca, resfriada ou congelada com osso. O país também liberou a importação de carne maturada e desossada de 14 Estados (Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins) que têm o status de área livre de aftosa com vacinação.

O México é um dos países que mais comem carne bovina no mundo. Ainda que o consumo médio dos mexicanos, de 15 quilos por pessoa ao ano, não se equipare ao dos líderes nesse quesito — no Brasil, por exemplo, a média é de mais de 34 quilos anuais —, o país, de 126 milhões de habitantes, consumiu 1,9 milhão de toneladas em 2021, segundo o estudo Beef Report, da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o que coloca o país na sexta posição no ranking global.

Ministério da Agricultura negocia retomadas das exportações da carne bovina para China

Falando em exportação de carne bovina, com a confirmação de caso atípico do mal da vaca louca em animal, no Pará, o Ministério da Agricultura e Pecuária se reuniu ontem a noite com autoridades chinesas para negociação da retomada das vendas da carne bovina brasileira para o País.

ministro da AgriculturaCarlos Fávaro, afirmou nesta terça-feira (7) que a reunião desta noite entre técnicos da sua Pasta e autoridades chinesas deve ser a última antes da retomada das vendas de carne bovina brasileira após o caso atípico do “mal da vaca louca“. A reunião virtual estava agendada para as 22h (horário de Brasília).

“Não temos mais pendências. Toda a rastreabilidade dos animais, que foi só um, mas como era pai, mãe, irmãos, se algum teve sintomas, tudo isso foi feito. Informações sobre os hábitos alimentares”, disse Fávaro. “A reunião talvez seja a última pra tirar dúvidas. A China evidentemente deve terminar suas análises e esperamos que o mais rápido possível possamos restabelecer o mercado brasileiro”, completou.

“Sugeri a ida de uma comitiva dos secretários de Relações Internacionais [Roberto Perosa] e Defesa Agropecuária [Carlos Goulart] à China e eles disseram que não era necessário, que estavam satisfeitos com a condução do processo”, afirmou o ministro em evento de posse da nova diretoria da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em Brasília.

Fávaro deve integrar a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que vai ao país asiático no fim do mês. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) reconheceu que o caso registrado no Pará foi atípico e manteve o status de país com risco insignificante para a doença.

O ministro disse ainda que a provável retirada da suspensão dos embarques para a China fará com que os outros países que colocaram embargos aos negócios (Jordânia, Irã e Tailândia, além da Rússia que colocou restrições para a carne do Estado do Pará, em específico) devem abrir seus mercados imediatamente.

Em 2021, quando as exportações para a China ficaram suspensas por quase quatro meses por conta de dois casos atípicos de vaca louca no país, o Brasil deixou de vender cerca de R$ 13 bilhões aos chineses. Agora, são 15 dias de embargo.

Fabiane Fagundes
Fabiane Fagundes
Jornalista especialista em agronegócio com formação em marketing digital e psicóloga em formação.
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