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Quase 600 famílias ligadas ao MST invadem fazenda em Hidrolândia, em Goiás

Nas redes sociais, o Governador Ronaldo Caiado disse que foi surpreendido com a notícia de que o Incra havia autorizado uma invasão de terra, através da reocupação de uma área rural, no interior do Estado.

A invasão a fazenda São Lukas, em Hidrolândia, pelo Movimento dos Sem Terra aconteceu na última segunda-feira (24/07). Segundo o movimento, um grupo de cerca de 600 famílias realizou a ocupação na fazenda. É a segunda vez que a fazenda é ocupada pelo MST somente este ano. A primeira aconteceu em março.

O MST diz que a ação tem como objetivo chamar a atenção do governo federal para a situação da propriedade, que pertence à União desde 2016. A reivindicação das famílias é que a fazenda seja destinada à criação de um novo assentamento. Segundo o movimento, antes de ser incorporada ao patrimônio da União, a fazenda São Lukas pertencia a um grupo criminoso condenado em 2009 por crimes de exploração sexual e tráfico internacional de pessoas.

“Acreditamos que a terra não pode ser usada para a exploração. Seja a humana – como os crimes sexuais, de trabalho análogo à escravidão e outros – ou aquelas explorações que destroem a terra por meio do uso de agrotóxicos, do monocultivo, do uso intensivo de água, da apropriação dos bens comuns da natureza”, diz um comunicado do MST.

Primeira invasão do MST

Em março, integrantes do MST ocuparam a fazenda no interior de Goiás no dia 26. No dia 28, a Polícia Militar de Goiás retirou os invasores. Naquela oportunidade, a PM-GO assegurou que a ação “desinvasão” de terra ocorreu de maneira cooperativa.

Na ocasião, o departamento jurídico da prefeitura de Hidrolândia disse que a propriedade é administrada pelo município desde 2022, após acordo com a Superintendência de Patrimônio da União. Os planos são transformar o local em uma horta comunitária.

REPERCUSSÃO

Na redes sociais, o Governador Ronaldo Caiado afirmou que a invasão foi “autorizada” pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e que não poderia fazer nada. De acordo com Caiado, o apoio dado pelo Incra e pelo governo do presidente Lula à ação do MST só contribui para “promover a desordem”.

“Invasões como essa autorizada pelo Incra e o governo federal não resolvem o problema, não asseguram renda digna às famílias que lá estão. Servem muito mais para fomentar a desordem“, afirmou.

Apesar das críticas, Caiado reconheceu que não pode reverter a ocupação da área rural, pois não está sob jurisdição do estado. No entanto, ele ressaltou que tanto as áreas públicas quanto as particulares em Goiás não serão alvo de invasões.

“Faço questão de informar que as áreas públicas e particulares no estado de Goiás não sofrerão invasão. Em Goiás, continuará prevalecendo a ordem e o princípio do direito à propriedade privada”, garantiu.

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