A semeadura da soja no estado foi prorrogada até 12 de janeiro. A solicitação foi encaminhada pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) a pedido do setor produtivo, por meio da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). A ação foi motivada pela forte influência do fenômeno climático El Niño, que ocasionou irregularidades das chuvas e elevadas temperaturas no segundo semestre de 2023.
Segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), alguns municípios goianos receberam um volume de chuva 40% menor neste ano do que o registrado em 2022. A maior parte da área que ainda necessita ser semeada está localizada no Norte do estado, onde o Cimehgo fez previsões de pouco volume de chuva nos próximos dias.
“Essa sinalização favorável do Mapa vai ajudar os produtores que se encontram diretamente prejudicados pelas adversidades climáticas deste ano, dando-lhes oportunidade de prolongar a semeadura da soja e reverter possíveis prejuízos que surjam por causa da escassez de chuva nos últimos meses”, analisa o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.
Como explica o diretor de Defesa Agropecuária da pasta, Augusto Amaral, essa prorrogação, que também foi atendida em quatro outros estados, além de Goiás, vai contribuir para minimizar os impactos econômicos causados pela estiagem prolongada deste ano:
“Além de Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí e Tocantins tiveram seus pleitos atendidos. Isso vai contribuir para fortalecer o oferecimento de grãos desta safra, minimizando os efeitos nocivos do plantio tardio”.
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Para o ciclo 2023/2024, a estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é que Goiás produza 17,04 milhões de toneladas de soja. O estado deve se manter na quarta posição no ranking nacional, atrás apenas de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul.
Ainda segundo a Conab, até 16 de dezembro deste ano, 97% de toda a área goiana prevista para a produção de soja havia sido semeada. Pesquisa do Instituto do Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag) mostrou que o estado já registrou uma taxa de replantio de 3,6%.