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Produção de plantas bioativas é alternativa de baixo custo para agricultores familiares

Com baixa necessidade de espaço e tecnologias, espécies bioativas possui mercado amplo e crescente

As plantas bioativas podem ser usadas como medicamentos, na aromatização e também como alimentos. A demanda por esses produtos vem crescendo, o que abre espaço para um novo nicho de cultivo na agricultura, pois possui pouca necessidade de espaço e de tecnologias.

São espécies de ciclo curto, sendo possível até cinco cultivos dentro do mesmo ano agrícola; o plantio pode ser realizado em pequenos espaços, possui mercado amplo e crescente e várias opções de comercialização.

“Quando a gente pensa em plantas bioativas e agricultura familiar, vemos que é o casamento perfeito. E hoje a gente ainda tem a agricultura urbana, que permite o cultivo de bioativas”, explica Cristiane Rachel de Paiva, pesquisadora da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater).

As bioativas também são de fácil cultivo e propagação. Após o plantio é importante ter uma manutenção com podas periódicas, regas de acordo com a necessidade de cada planta e o controle de pragas destas, podendo ser feito com as próprias plantas.

“É interessante que o produtor comece com plantas de custo reduzido e maior possibilidade de aceitação, como alecrim e hortelã, plantas aromáticas e condimentares, que são as mais conhecidas”, destaca.

Categorias

Plantas biotivas possuem quatro categorias: medicinais, usadas para tratamentos e prevenção de doenças; aromáticas, produtoras de óleos essenciais e também para saborizar alimentos; condimentares, coloração ou conservação de alimentos; e plantas alimentícias não convencionais, conhecidas como PANCs.

Podem ser utilizadas em técnicas como fitoterapia, que envolve a produção de chás, cápsulas, garrafadas, unguentos; aromaterapia, que envolve a aplicação terapêutica de óleos essenciais; controle de pragas e doenças, como o uso de pimentas, óleos e extratos. Além do crescente uso dessas plantas na alta gastronomia e na indústria, como a produção de fungicidas, bactericidas, medicamentos, cosméticos, produtos de limpeza e aditivos.

“São plantas que nossos antepassados sabiam que eram comestíveis, usavam essas plantas, mas, com o tempo, esse conhecimento ficou esquecido na gaveta. Quando a gente redescobre o uso das PANCs, trazemos para nossa mesa uma gama muito maior de nutrientes e uma possibilidade muito grande de enfrentar problemas relacionados à insegurança alimentar”, completa a pesquisadora.

Mudas

O Horto de Plantas Bioativas da Emater faz parte da Estação Experimental Nativas do Cerrado, na sede da Agência, em Goiânia. Ele possui mais de 200 espécies, que podem ser adquiridas pelo e-mail mudas.emater@goias.gov.br ou pelo WhatsApp (62) 98152-2636.

Webinar

A pesquisadora explicou o potencial de mercado da produção de plantas bioativas, propriedades e benefícios, no episódio desta semana do Campo de Saber, série de webinários da Emater.

Veja a live completa:

Janaina Honorato
Janaina Honorato
Jornalista especialista em agronegócio com formação em marketing digital. Experiência de 9 anos com comunicação para o agronegócio em reportagens de TV, rádio, impresso e internet.
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