O tomate é classificado como um fruto, mas é estudado no grupo das hortaliças. Entre as variedades está a do tomate industrial, que são cultivadas no solo, chamadas de plantas rasteiras, por isso o plantio não é feito no período chuvoso, para os tomateiros não entrarem em contato direto com a água. Para manter a produtividade no período de estiagem, é utilizado o sistema de irrigação por pivô central.
O cultivo desse tomate é chamado de industrial, por ser destinado à produção de atomatados: molhos, extratos e ketchups. Goiás é o maior produtor de tomate do Brasil, respondendo a 70% da produção nacional. No ano passado, o Estado aumentou a área plantada em 5% e a produtividade ficou acima de 98 toneladas por hectare. Produziu em 2021, cerca de 1,1 milhão de toneladas.
De acordo com o Ministério da Agricultura, do Valor Bruto de Produção da agropecuária goiana que vem crescendo, a maior contribuição para o resultado é da agricultura; e o tomate é um dos produtos destacados pelo Ministério, com estimativa de crescimento de 29,7% em VBP, na comparação com o resultado de 2021.
Na indústria
A Goiás Alimentos S/A (Goialli), localizada em Goianésia, no centro-norte do estado, deu início ao plantio do tomate industrial nesta safra, no final do mês de fevereiro. Para este ano, a expectativa é que o plantio siga até a segunda quinzena de junho, quando também começa a colheita das primeiras lavouras do produto.
Segundo o presidente do Conselho de Administração da empresa, Jalles Fontoura, serão 700 hectares de área plantada com estimativa de produzir 70 mil toneladas de tomates. Além de Goianésia, a empresa também vai plantar o fruto nos municípios de Corumbá, Trindade, Vianópolis, São Luís do Norte e Vila Propício.
“O plantio ocorrerá em áreas favoráveis para a cultura de tomates, oferta adequada de água para irrigação e a utilização de alta tecnologia permitirão grandes produtividades”, ponderou Jalles.
Em 2021, a área plantada pela Goialli foi de 484 hectares, o que representa um aumento de 45% no cultivo. Segundo a empresa a produtividade prevista para este ano é de 100 toneladas por hectare.
O engenheiro agrônomo, Felipe Fernando Batista Silva, explica como o tomate industrial se diferencia dos demais tipos do fruto. “O plantio do tomate industrial é totalmente diferente dos demais que encontramos nos supermercados. O tomate de mercado tem estaqueamento, o nosso não tem. No industrial, usamos a irrigação de pivô, fazemos o manejo de irrigação baseado em dados climáticos e da cultura. Só ampliamos a quantidade de água que a planta precisa para evitar desperdícios”, explicou.
Na indústria, o tomate é processado e transformado em três linhas de produto: extratos, molhos e ketchup, que vão parar nos supermercados.
