O Governo Federal lançou no último dia 29 de junho o Plano Safra 2022/2023, que vai disponibilizar um total de R$ 340,88 bilhões em financiamentos, para apoiar a produção agropecuária nacional até junho do próximo ano. O valor, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) representa aumento de 36% em relação ao plano anterior, que disponibilizou R$ 251 bilhões a produtores rurais.
Do total de recursos disponibilizados, R$ 246,28 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização, uma alta de 39% em relação ao ano anterior. Outros R$ 94,6 bilhões serão para investimentos, um incremento de 29%.
Pronaf
Os recursos para os pequenos produtores rurais, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), subiram 36%, totalizando R$ 53,61 bilhões, com juros de 5% ao ano (para produção de alimentos e produtos da sociobiodiversidade) e 6% ao ano (para os demais produtos).
“A nossa avaliação é que o Plano Safra do ano passado de R$ 39 bilhões e esse de R$ 53 bilhões, basicamente é o mesmo valor pensando no aumento dessa parte de insumos, sementes, óleo diesel, herbicidas. Nós tivemos dificuldades ano passado de acessar o crédito e esse ano isso não pode acontecer, porque pode impactar a produção”, analisa Orlando Luiz, presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais na Agricultura Familiar do Estado de Goiás (Fetaeg).
Os recursos disponibilizados no âmbito do Pronaf são integralmente com taxas de juros controladas.
“Sem Plano Safra, sem recurso, os agricultores familiares não conseguem desenvolver a propriedade, produzir alimentos pra abastecer o mercado. O Plano Safra é importante, houve um valor razoável e nós vamos ter condições de acessar esses recursos, plantar em tempo hábil e ter uma colheita boa na agricultura familiar”, explica.
Contratação do Crédito Rural
Para o presidente da Fetaeg, a orientação é que os produtores já estreitem o relacionamento com os bancos, pra ver as condições do crédito, quando será disponibilizado e o que ele precisa reunir de documentação pra conseguir os recursos.
“A Fetaeg fará a orientação dos sindicatos que estão lá na ponta pra orientar os produtores pra pensar e fazer suas propostas pra já encaminhar para os bancos, pra que consiga contratar os recursos o mais cedo possível e consiga comprar sementes, adubos, herbicidas”, afirma o presidente da Fetaeg.