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PL dos agrotóxicos é aprovado no Senado, após 23 anos em tramitação

Projeto quer desburocratizar processos para regulamentação de produtos e mudar termologia usada para agrotóxicos

De autoria do ex-senador Blairo Maggi, o texto, que tramita há 23 anos no Congresso Nacional, flexibiliza a entrada de pesticidas no Brasil. O Projeto de Lei, conhecido como o PL dos agrotóxicos, foi aprovado nesta terça-feira (28) no Senado Federal e segue para sanção presidencial.

Atualmente, para obtenção do registro no Brasil, um produto chamado de agrotóxico é submetido à avaliação de três órgãos do governo federal, conforme suas competências de atuação: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); Ministério do Meio Ambiente, representado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); e Ministério da Saúde, representado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para Leandro Gilio, professor e pesquisador do Centro de Agronegócio Global do Insper, o PL, visa dar maior celeridade a esse processo, determinando a concentração da liberação de agrotóxicos pelo Ministério da Agricultura (Mapa), quando o produto não for pela Anvisa dentro do prazo estipulado.

“O PL dos agrotóxicos procura fixar prazos para a obtenção de registros desses produtos no Brasil, com possibilidade de licenças temporárias quando os prazos não forem cumpridos. Isso pode ser benéfico para a produção, inclusive sob o aspecto de uma produção mais sustentável, pois permitirá o uso de produtos mais modernos”, explica.

“O processo é extremamente moroso e burocrático, sendo esse um problema antigo, tanto que o PL, já bastante alterado, vem tramitando no congresso desde 1999. Há pedidos de registros que demoram 10, 20 anos para passarem por todos os processos necessários”, completa.

Saiba mais

Uma das reivindicações de parlamentares do agro, como a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), conhecida popularmente como bancada ruralista, fica por conta da mudança do termo “agrotóxico” por “pesticidas”.

Entre as entidades do setor, há um consenso de que o termo agrotóxico conta com uma conotação negativa. Por fim, Gilio ressalta que o PL pode ser benéfico para a produção, inclusive sob o aspecto de uma produção mais sustentável, pois permitirá o uso de produtos mais modernos.

“Hoje as tecnologias mudam rápido e precisamos buscar formas de nosso modelo de produção se adaptar ao que há de novo no mercado. A questão não é tornar o processo mais permissivo, mas sim torná-lo mais eficiente. É improdutivo manter esse processo como é hoje”, finaliza.

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