As cotações da arroba do boi gordo foram de estabilidade a queda nas principais praças pecuárias nesta semana. Além das escalas de abates confortáveis, a menor demanda doméstica por carne bovina e o recuo nas exportações brasileiras colaboram com a pressão de baixa.
O indicador do boi gordo do Cepea fechou em R$ 299,70/@ em São Paulo no dia 20/10, uma queda de 2,15% em sete dias. Com relação às exportações, a média diária embarcada pelo país na segunda semana de outubro foi de 8,88 mil toneladas, 20,12% abaixo da média da primeira semana deste mês.
No mercado atacadista, a carcaça casada (boi) foi negociada a R$ 19,65/kg, um recuo de 0,56% na comparação semanal. Para o curto prazo, o viés é de baixa no mercado do boi gordo.
Custo operacional da recria e terminação de bovinos caiu
Segundo levantamento mensal do Projeto Campo Futuro, o custo operacional efetivo (COE) da atividade de recria e engorda de bovinos caiu 4,39% em setembro na comparação mensal. O item de maior peso foi a “aquisição de animais”, que recuou 5,82% no período analisado, em função das quedas nas cotações dos animais para reposição.
No acumulado de janeiro a setembro de 2022, o COE da recria/terminação caiu 9,72%, com recuo de 14,17% nos custos de aquisição de animais.
Para a atividade de cria (produção de bezerros), o COE recuou 0,37% em setembro, frente ao mês anterior, puxado pela queda nos preços dos adubos e corretivos (-0,57%) e menor pressão por parte dos suplementos minerais (+0,25%) e medicamentos para controle parasitário (+0,04%). Apesar da queda mensal, no acumulado de janeiro a setembro de 2022, a cria acumula alta de 10,75% no COE.