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Pecuária de corte brasileira se mantém competitiva frente aos principais países concorrentes

O faturamento aumentou 40,8% no período analisado, o que se traduziu em quase 3,8 bilhões de dólares a mais na balança comercial brasileira na comparação com 2021.

A competitividade da pecuária brasileira no cenário internacional é um dos motores para a consolidação do país como grande exportador de proteína animal. Segundo as estatísticas de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, as exportações brasileiras somaram 2,26 milhões de toneladas de carne bovina em 2022, volume 22,6% maior que o registrado no ano anterior.

O faturamento aumentou 40,8% no período analisado, o que se traduziu em quase 3,8 bilhões de dólares a mais na balança comercial brasileira na comparação com 2021.

Dentre os principais destinos da carne bovina brasileira, destacaram-se: China, Estados Unidos, União Europeia, Chile e Egito. Do volume total exportado em 2022, 87,9% correspondeu à categoria de carne in natura, seguida de miúdos (6,0%), industrializados (4,7%), e o restante na forma de tripas e salgados.

Dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) apontam que, em 2021 (dados mais atuais disponíveis), as exportações de carne bovina brasileira representaram 16,1% do total mundial – o que nos coloca em 1º lugar em volume total exportado –, seguido pelos EUA, Austrália e Nova Zelândia.

Além da competição com os principais produtores mundiais de carne, o Brasil disputa mercados com seus vizinhos sul-americanos que, a despeito da menor capacidade produtiva de carne bovina, possuem importante participação nas exportações mundiais para países que são nossos clientes-chave.

Os dados da FAO apontam ainda que a carne brasileira representou 32,2% das exportações para a China em 2021, enquanto que Argentina e Uruguai foram responsáveis por respectivos 16% e 13,6%. Ambos países se encontram no mesmo patamar, em termos de participação no mercado chinês, que Nova Zelândia (13,7%) e os EUA (10,5%).

No período, a Austrália apresentou patamar um pouco inferior, de 7,7%, porém, o menor volume foi vinculado com a redução no rebanho do país frente às intempéries climáticas ocorridas durante o ano.

Devido às relações diplomáticas entre China continental e Paraguai, o país sul-americano não é habilitado para exportar para o principal destino mundial de carne bovina – enviando carnes apenas a Taiwan e Hong Kong. No entanto, em 2021 o mesmo foi o principal fornecedor de carnes para o Chile, representando 44,8% do volume exportado. Em contrapartida, o share brasileiro neste mercado foi de 36,5%, e o da Argentina de 11%.

Para 2023: as exportações brasileiras de carne bovina caminham para encerrar o ano em queda. Na parcial de janeiro a outubro de 2023, observa-se um recuo de 4,7% no volume exportado e recuo de 21,5% no preço médio da carne exportada, em relação ao mesmo período de 2022 – resultando em um faturamento 25,2% menor este ano.

A queda está vinculada à suspensão temporária das exportações para o mercado chinês, que impactou especialmente o volume enviado entre os meses de fevereiro e março de 2023. Após o retorno das exportações, ocorreram novas negociações sobre o preço dos produtos exportados, o que levou a uma redução de 27% sobre o valor da tonelada enviada para o país asiático, considerando- -se os valores de 2023 frente a 2022.

Comparativo global: buscando compreender as vantagens e desafios competitivos da pecuária brasileira frente aos principais players no mercado mundial, foram analisados os dados resultantes dos levantamentos da rede Agri Benchmark, da qual fazem parte a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA-ESALQ/USP).

Os valores aqui discutidos são referentes aos resultados obtidos durante o ano de 2022 pelas propriedades típicas dos países participantes e publicados em 2023. Foram realizadas comparações com os resultados obtidos pelas propriedades típicas brasileiras no período, com base nos dados mensais do Projeto Campo Futuro (CNA/Senar) convertidos para a cotação do dólar no período avaliado.

Sistemas à pasto: ao analisarmos os resultados médios dos sistemas de terminação em pastagens avaliadas em cada país, observa- -se que a margem líquida (ML, que é resultado da subtração do COT na receita bruta) dos sistemas de produção brasileiros foi de US$ 116,70/ha de área útil em 2022.

Confira os gráficos detalhados e mais informações no link, abaixo: https://cepea.esalq.usp.br/upload/revista/pdf/0974052001702064123.pdf

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