As commodities agrícolas tiveram um dia movimentado, chamado de “Super Quinta” para diversos analistas, em virtude da enxurrada de números divulgados. Foram divulgados números de oferta e demanda global pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), assim como dados para o Brasil pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e para Argentina na Bolsa de Buenos Aires.
O USDA estimou a produção brasileira de soja em 156 milhões toneladas em um relatório mensal, apenas um pouco abaixo das 157 milhões de toneladas da previsão de janeiro. As expectativas do mercado apontavam para 153 milhões.
Já para Argentina, o USDA estimou a safra da oleaginosa em 50 milhões de toneladas, contra 50,8 milhões de toneladas estimadas pelo mercado. Apesar da alta desta quinta, as previsões indicam para uma safra global elevada, o que faz com que o viés principal para a oleaginosa seja de queda.
Trigo e milho
A produção mundial de trigo na safra 2023/2024 pelo órgão norte-americano foi elevada para 785,74 milhões de toneladas, contra 784,91 milhões da última estimativa. Já a produção do Brasil para o cereal do Brasil foi reduzida para 8,1 milhões de toneladas.
O mercado de trigo segue extremamente ofertado, segundo os agentes de mercado, o que explica a derrocada da commodity.
Quanto ao milho, os EUA, que produzem muito mais que o Brasil, contam com uma safra estimada em recorde de 389,69 milhões de toneladas em 2023/24.
Já a estimativa de safra de milho brasileiro no mesmo período foi vista em 124 milhões de toneladas, contra 127 milhões de toneladas na previsão anterior. Na temporada passada, o Brasil produziu um recorde de 137 milhões de toneladas do cereal.
