Estudo realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em parceria com o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), mostra que o número de pessoas empregadas na cadeia de flores e plantas ornamentais somou 266,8 mil em 2022, com crescimento de 26% (ou um adicional de 55 mil pessoas) em relação a 2017 (ano-base do último estudo do Cepea sobre essa cadeia). No caso da renda, o avanço de 2017 a 2022 foi ainda mais intenso, de 83%.
Segundo pesquisadores do Cepea, apesar do forte impacto da pandemia de covid-19 nos volumes movimentados em um momento inicial, os incrementos no número de pessoas atuando na cadeia e na renda acabaram sendo impulsionados de 2020 em diante, seja devido a mudanças de hábito do consumidor em favor da aquisição de flores e plantas ornamentais e/ou ao superaquecimento do mercado de eventos e festas, em decorrência, por sua vez, de uma demanda represada do período de restrições sanitárias.
Pesquisadores do Cepea indicam que, avaliando-se o perfil da mão de obra, é possível afirmar que a cadeia de flores e plantas ornamentais é mais formalizada frente a outros setores do agronegócio. A cadeia também conta com maior participação feminina e ocupa trabalhadores com maior escolaridade média. Neste ponto, destaca-se que o Cepea verificou modesto crescimento da participação da mulher na produção dentro da porteira, passando de 44,3% em 2017 para 47,7% em 2022.