O período de vazio sanitário da soja em Goiás será mantido de 27 de junho a 24 de setembro, conforme a Portaria nº 1.111, publicada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em 13 de maio de 2024. A medida vai prevenir a proliferação da ferrugem asiática, protegendo a próxima safra de soja.
Assim, com a confirmação das datas, os produtores goianos poderão iniciar a semeadura da soja em 25 de setembro deste ano, com o prazo final até 2 de janeiro de 2025. As lavouras devem ser cadastradas no Sistema de Defesa Agropecuário (Sidago) até 15 dias após o término do período de semeadura.
Exceção de 2023
Em suma, no ano de 2023, devido às condições climáticas adversas influenciadas pelo fenômeno El Niño, a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) conseguiu prorrogar o prazo de semeadura até 12 de janeiro de 2024. Entretanto, o período de vazio sanitário permaneceu inalterado para 2024.
Importância do Vazio Sanitário
Portanto, durante os 90 dias de vazio sanitário, é crucial que os produtores eliminem todas as plantas voluntárias de soja (tiguera). Isso impede que estas plantas se tornem hospedeiras do fungo causador da ferrugem asiática, uma doença que pode causar graves prejuízos econômicos.
Com isso, o secretário substituto da Seapa, João Asmar Júnior, enfatiza que a eliminação das tigueras é benéfica para os próprios agricultores, pois retarda o surgimento da ferrugem, reduzindo assim a necessidade de aplicações de fungicidas.
Fiscalização e Consciência
José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa, destaca a crescente conscientização dos produtores sobre a importância do vazio sanitário. A fiscalização é realizada pela Gerência de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, que monitora todas as áreas cultivadas. Daniela Rézio e Silva, gerente de Sanidade Vegetal, ressalta que a eficácia do vazio sanitário é comprovada por pesquisas científicas desde 2004.
Desafios Climáticos
O fenômeno El Niño no final de 2023 trouxe irregularidades nas chuvas e altas temperaturas, afetando o desenvolvimento das plantas. A prorrogação do prazo de semeadura foi uma resposta a essas condições adversas, permitindo que os produtores realizassem replantios e minimizassem perdas.