A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e parceiros realizaram ações itinerantes que resultaram no recolhimento de 5.589 embalagens vazias de agrotóxicos nos municípios de Ceres, Itapuranga, Rianápolis e Santa Isabel. Em seis meses, foram 3.126 quilos de materiais recolhidos por meio do programa Recebimento Itinerante, modelo de descarte que faz parte do Sistema Campo Limpo do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) – entidade gestora do Sistema Campo Limpo e Sistema Brasileiro de Logística Reversa de Embalagens Vazias de Defensivos Agrícolas.
De acordo com o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, o foco do programa é s produtor de pequeno porte que, devido à distância entre as propriedades rurais e as centrais de recolhimento, possui dificuldade de deslocamento para fazer a devolução de embalagens, procedimento obrigatório segundo a legislação.
“Além de facilitar a entrega por parte do agricultor, contribui para um trabalho de educação, já que no momento da devolução, os produtores recebem informações e orientações técnicas sobre descarte e cuidados com manuseio, aplicação e armazenamento de agrotóxicos em suas propriedades”, ressalta.
O trabalho de educação sanitária é para alertar sobre os procedimentos que devem ser adotados antes do descarte das embalagens, com o intuito de garantir a preservação do meio ambiente e o cumprimento da legislação. Um deles é a tríplice lavagem ou lavagem sob pressão das embalagens vazias, além da perfuração do fundo dessas embalagens para inutilizá-las e evitar que sejam reaproveitadas.
As equipes da Agrodefesa orientam também sobre a necessidade de, até um ano após a compra, entregar as embalagens vazias na unidade de recebimento indicada na nota fiscal de venda. No momento de devolução, o agricultor recebe um comprovante, que precisa ser guardado por mais um ano, caso haja fiscalização.
Parceria
O coordenador da Unidade Regional Rio das Almas da Agrodefesa, Paulo Cesar Romão Júnior, acrescenta que ações do Recebimento Itinerante são possíveis por causa também do envolvimento de entidades parceiras, como é o caso da Associação dos Revendedores Agropecuários do Centro Norte Goiano e Região (Arago), de Goianésia, e do poder público municipal. “Isso mostra a importância da integração para alcançar resultados positivos. Sabemos da dificuldade de deslocamento de parte dos agricultores para realizar a devolução das embalagens e por isso unimos forças para que ocorra”.
Novas ações estão previstas para o segundo semestre deste ano, também com a participação de parceiros. “Com a Arago, estamos programando um evento em Itapuranga e em Vila Propício. Já com a Associação dos Empresários de Revendas de Produtos Agropecuários (Agerpa), que é outra central de recolhimento, estamos planejando ação em Santa Rosa, no dia 22 de agosto”, relata Romão Júnior.