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MST invade  fazendas, sedes do Incra e área da Embrapa

Invasões iniciadas no sábado (15/4) marcam o início da chamada Jornada Nacional de Luta pela Terra e pela Reforma Agrária do MST

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) iniciou a Jornada Nacional de Luta pela Terra e pela Reforma Agrária invadindo ao menos nove fazendas e sedes do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) de pelo menos sete estados no chamado abril vermelho, quando há invasões de terras e prédios públicos pelo país. As invasões começaram no sábado (15/4), quando o movimento ocupou a área de oito fazendas em Pernambuco. Em nota, o MST alegou que as fazendas são latifúndios improdutivos.

Uma das fazendas invadidas em Petrolina (PE) pertence à Empraba (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Após a invasão, o órgão federal divulgou comunicado afirmando que a invasão aconteceu em terras agriculturáveis e de preservação da caatinga, onde são realizados experimentos e multiplicação de material genético de sementes e mudas de plantas.

Ainda segundo a Embrapa, a invasão das terras pode comprometer a vida de animais ameaçadas de extinção que são preservados na área, além de prejudicar as pesquisas realizadas no local. A área é ocupada por 660 famílias.

Nesta segunda, as sedes do Incra foram invadidas pela manhã nos estados de Minas Gerais, Santa Catarina, Ceará, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte, além do Distrito Federal.

A Jornada Nacional de Luta pela Terra e pela Reforma Agrária no mês de abril, marcando os 27 anos do massacre de Eldorado do Carajás, quando 21 trabalhadores sem-terra foram mortos por tropas da Polícia Militar do Pará em 1996 .

Em comunicado, o MST defendeu a reforma agrária no Brasil e ressaltou a urgência de investimento para agricultura familiar e acesso à crédito para a produção de mais alimentos.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, condenou a ação do MST

ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, chamou de ‘crime’ a invasão, pelo Movimento dos Sem Terra (MST), de uma área de preservação ambiental e de pesquisas genéticas da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa Semiárido), órgão do governo federal, em Pernambuco.

Em uma rede social, o ministro, que está em Londres, na Inglaterra, escreveu:

“Inaceitável! Sempre defendi que o trabalhador vocacionado tenha direito à terra. Mas à terra que lhe é de direito! A Embrapa, prestes a completar 50 anos, é um dos maiores patrimônios do nosso país. O agro produz com sustentabilidade se apoia nas pesquisas e todo o trabalho de desenvolvimento promovido pela Embrapa. Atentar contra isso está muito longe de ser ocupação, luta ou manifestação. Atentar contra a ciência, contra a produção sustentável é crime e crime próprio de negacionistas”.

Fabiane Fagundes
Fabiane Fagundes
Jornalista especialista em agronegócio com formação em marketing digital e psicóloga em formação.
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