Brasil irá contar com mais um posto de adido agrícola, passando de 28 para 29. A ampliação foi autorizada no Decreto 10.963, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, e publicado nesta segunda-feira (14), no Diário Oficial da União, visando alavancar as oportunidades do agronegócio no mercado externo.
O decreto não significa a criação automática do posto ou designação de adido, medidas que dependem de outros atos posteriores.
Os adidos desempenham missões permanentes de assessoramento junto às representações diplomáticas brasileiras no exterior. Têm o papel de identificar oportunidades, desafios e possibilidades de comércio, investimentos e cooperação para o agronegócio brasileiro. Para isso, têm interlocução com representantes dos setores público e privado, assim como interagem com relevantes formadores de opinião, na sociedade civil, imprensa e academia.
Os adidos atuam, por exemplo, para que os produtos da agropecuária brasileira cheguem a mais países. Desde 2019, mais de 170 mercados foram abertos, grande parte deles só foi possível a partir do trabalho dos adidos agrícolas, profissionais considerados os embaixadores do agronegócio.
Atualmente, há adidos agrícolas nos seguintes locais: Bangkok, Buenos Aires, Cairo, Camberra, Bogotá, Hanói, Jacarta, Cidade do México, Lima, Londres, Moscou, Nova Dehli, Ottawa, Paris, Pretória, Rabat, Riade, Roma, Seul, Singapura, Suíça, Tóquio e Washington. Em Pequim e na União Europeia, são dois representantes, já que China e o bloco são os maiores importadores de produtos do agronegócio nacional. A partir deste ano, haverá um representante em Berlim, na Alemanha.
O número de profissionais é o maior desde que a função foi criada, em 2008, pelo Decreto 6.464. À época, foram abertos oito postos, mas a crescente demanda por alimentos brasileiros em outros países fez com que as relações bilaterais se intensificassem e a participação direta dos adidos se tornasse essencial para o relacionamento entre os mercados.