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Frutas registram queda das cotações no atacado com maior oferta e demanda reduzida

Na contramão, as hortaliças como batata e tomate sobem os preços

A maior produção de algumas frutas e o menor consumo da população influenciaram na queda nos preços da banana, laranja, mamão e melancia, como aponta o 1º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta semana, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A transição de safras é um dos principais fatores que impulsionaram a alta das cotações de dezembro da batata e tomate nas Centrais de Abastecimento (Ceasas).

A diminuição de preços da banana em 1,85% é influenciada pela maior oferta da nanica. As regiões produtoras dessa variedade registraram chuvas e temperaturas em novembro, que favoreceram o enchimento dos cachos e a venda em dezembro e janeiro. Mas, no caso da banana prata, com a oferta controlada o que trouxe o aumento nas cotações em dezembro, por conta do menor investimento na cultura no Sudeste e as chuvas restringindo a oferta e a qualidade do produto.

Cenário parecido é o do mamão, com oferta estável para o papaya, enquanto o formosa registrou pequeno aumento de produção em lavouras da Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará, com a média de preço caindo nas Ceasas em 2,25%.

Para a laranja, o mês de dezembro, com a copa do mundo e a concorrência das frutas do natal, provocaram menor consumo da fruta. Demanda mais baixa, os preços caíram 2,03% nas centrais.
Para a melancia, além dos eventos de dezembro, o clima mais chuvoso fez a comercialização cair e com a maior oferta da fruta nos mercados, por conta do aumento no volume produzido em São Paulo, os preços despencaram 9,97% nas Ceasas.

Entre as frutas analisadas no documento, apenas a maçã teve alta nos preços em dezembro. Os estoques nas companhias classificadoras estão baixos o que pressiona as cotações.

Hortaliças

Por outro lado, batata e tomate ficaram mais caros no mercado brasileiro. Em Rio Branco, a alta chegou a 61,4%, um aumento explicado pelo fim da safra de inverno e começo ainda insuficiente para atender a demanda, da safra das águas.

Mesma situação do tomate, com a transição da safra de inverno para o verão. A alta da média de preço em dezembro foi de 18,37% em relação a novembro. A oferta do fruto nos mercados não sustentam os preços, fazendo-os subir.

Houve ainda um aumento para a alface, que está ligado às condições climáticas das regiões produtoras. Com as temperaturas mais elevadas no verão, a demanda pelas folhosas tende a aumentar, mantendo os preços em alta.

Já para a cebola e a cenoura, a tendência é de queda nos valores de comercialização. Na Ceasa de Curitiba, o preço da primeira caiu 24,86%, por conta até de aumento significativo da produção na Região Sul em dezembro. Comparando dezembro de 2022 com o mesmo período de 2021, a oferta no sul subiu mais de 400%. Mesmo com a queda registrada no mês passado, com o longo período de alta, os preços continuam elevados.

No caso da cenoura, o preço médio caiu 4,81% em relação a novembro. A manutenção da oferta tem atendido à demanda, fazendo com que os valores não subam. No Brasil, a oferta teve aumento de 12%, pressionando para mais uma queda nas cotações.

Pesquisa

A pesquisa foi realizada com base nos preços das Centrais de Abastecimento localizadas em São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, Vitória/ES, Curitiba/PR, , São José/SC, Goiânia/GO, Brasília/DF, Recife/PE, Fortaleza/CE e Rio Branco/AC.

Para acessar a íntegra do 1º Boletim Prohort clique https://www.conab.gov.br/info-agro/hortigranjeiros-prohort/boletim-hortigranjeiro.

Janaina Honorato
Janaina Honorato
Jornalista especialista em agronegócio com formação em marketing digital. Experiência de 9 anos com comunicação para o agronegócio em reportagens de TV, rádio, impresso e internet.
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