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Faturamento das lavouras dos Cafés do Brasil totaliza R$ 62 bilhões em 2022

Receita bruta das lavouras de café da Região Sudeste corresponde a 86,5%, Nordeste 6,4%, Norte 5%, Sul 1,2% e Centro-Oeste 0,9% do total estimado

A receita bruta total dos Cafés do Brasil prevista para o ano-cafeeiro 2022 foi calculada em R$ 61,82 bilhões, tendo como referência a safra de café estimada e os preços médios recebidos pelos produtores. Neste contexto, no caso do café da espécie Coffea arabica, o faturamento bruto das lavouras foi estimado em R$ 47,48 bilhões, que correspondem a 77%, e, adicionalmente, em relação ao café da espécie de Coffea canephora (robusta e conilon), a receita foi calculada em R$ 14,34 bilhões, montante que equivale a 23% do total das lavouras cafeeiras do País.

Tal estimativa de receita foi elaborada com base nos dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola – LSPA, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, que foi realizado no mês de agosto, assim como nos preços médios recebidos pelos produtores para o café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, e, também, para o café robusta tipo 6, peneira l, no período de janeiro a agosto deste ano.

Com base na estimativa da receita bruta, se for feito um ranking do faturamento das lavouras de café, incluindo as duas espécies (C. arabica C. canephora), nos seis principais estados produtores do Brasil, para este ano-cafeeiro 2022 em referência, constata-se que Minas Gerais, com a previsão de faturamento de R$ 33,28 bilhões, terá uma receita que equivalerá a aproximadamente 54% do faturamento nacional, e, assim, ocupará o primeiro lugar no ranking. Em seguida, destaca-se o Espírito Santo, com R$ 13,84 bilhões (22,4%), seguido do Estado de São Paulo, com R$ 5,96 bilhões (9,6%).

Na quarta colocação do ranking, figura o Estado da Bahia, com R$ 3,97 bilhões (6,4%), seguido de Rondônia, com faturamento de R$ 2,93 bilhões (4,7%). E, por fim, na sexta colocação, o Estado do Paraná, cuja receita bruta das lavouras de café foi estimada em R$ 754,65 milhões, a qual corresponderá a apenas 1,2% do faturamento nacional. Demais estados produtores completam os 100% do faturamento bruto dos Cafés do Brasil.

Convém esclarecer que os dados e números da performance do faturamento anual dos Cafés do Brasil, assim como das demais lavouras mencionados a seguir, constam do Valor Bruto da Produção – VBP Agosto/2022, o qual é elaborado e divulgado pela Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Mapa, e está disponível na íntegra, assim como todas as demais edições desse documento, no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café

O montante do VBP da cafeicultura já citado (R$ 61,82 bilhões), equivale a 7,4% do total das dezessete lavouras pesquisadas neste estudo da SPA/Mapa, que é de R$ 838,25 bilhões. Dessa forma, tais números posicionam os Cafés do Brasil em quarto lugar em relação ao faturamento total das demais lavoura.

Neste caso, a soja destaca-se em primeiro lugar no ranking nacional, com R$ 346,46 bilhões, que equivalem a 41,3% do total do faturamento bruto em 2022, a qual vem seguida do milho, com R$ 153,23 bilhões (18,2%), e, em terceiro, a cana-de-açúcar, com R$ 103,06 bilhões (12,2%). Em complemento, o faturamento bruto da lavoura de algodão se posiciona em quinto colocado no ranking por estar estimado em R$ 37,66 bilhões (4,5%).

De acordo ainda com este estudo do Valor Bruto da Produção, vale destacar que, como o faturamento dos Cafés do Brasil da safra de 2021 atingiu o montante de R$ 45,51 bilhões, e tendo em vista que o da safra de 2022, objeto principal desta análise, conforme citado anteriormente, está estimado em R$ 61,82 bilhões, constata-se que haverá uma expressiva variação positiva de 36% do faturamento bruto das lavouras de café, na comparação do ano de 2022 com o de 2021.

No Observatório do Café dá para conferir na íntegra o Valor Bruto da Produção – VBP Agosto 2022, elaborado pela SPA/Mapa, pelo link:

http://www.consorciopesquisacafe.com.br/images/stories/noticias/2021/2022/agosto/VBP_08_22.pdf

Produção de café está estimada em 50,38 milhões de sacas na safra 2022, aponta Conab

Os produtores brasileiros de café deverão colher 50,38 milhões de sacas na safra 2022, como aponta o 3º Levantamento do grão para a atual temporada, divulgado nesta terça-feira (20) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A colheita já atinge 99% da área destinada para a cultura, e o volume estimado representa um aumento de 5,6% em comparação ao ciclo de 2021.

De acordo com o levantamento da Conab, a área destinada à cafeicultura nacional em 2022 é de 2,24 milhões hectares, sendo 1,84 milhão de hectares para lavouras em produção e 402 mil hectares de área em formação, o que representa leve aumento de área total cultivada em comparação à safra passada. A produtividade média nacional de café também deve crescer e é projetada em 27,4 sacas por hectare, 3,7% maior em relação ao ano anterior. No entanto, apesar da recuperação registrada, o aumento é inferior ao esperado para 2022 por ser um ano de bienalidade positiva.

“O clima adverso influenciou de maneira negativa as produtividades nos dois últimos ciclos. Em 2020 o desenvolvimento da cultura foi influenciado pela falta de chuvas e no ano passado, além da estiagem, foram registradas fortes geadas em importantes regiões produtoras”, explica o diretor de Informações Agropecuárias e Políticas Agrícolas, Sergio De Zen.

Para o café arábica, a Conab espera uma produção de 32,41 milhões de sacas, acréscimo de 3,1% em comparação com a safra anterior. “O crescimento é limitado pela falta de chuvas na fase reprodutiva da cultura, ainda em 2021, e pelas geadas ocorridas em junho e julho do ano passado, principalmente nos estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais”, avalia a superintendente de Informações da Agropecuária da Companhia, Candice Romero Santos.

No caso do conilon, a Companhia projeta um novo recorde de produção, estimado em um volume próximo a 18 milhões de sacas beneficiadas do produto, acréscimo de 10,3% em relação à safra anterior. Menos afetada pela característica da bienalidade, a planta desta variedade tem apresentado melhora na produtividade a cada ano, atingindo neste ano 46,2 sacas colhidas por hectare, maior número já registrado. Além do bom desempenho, também é previsto um aumento de área na ordem de 3,4%, estimada em 388,8 mil hectares.

Janaina Honorato
Janaina Honorato
Jornalista especialista em agronegócio com formação em marketing digital. Experiência de 9 anos com comunicação para o agronegócio em reportagens de TV, rádio, impresso e internet.
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