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Fatores climáticos, mercado e sustentabilidades podem impactar safra 2023-2024

Diante disso, é importante para o produtor cautela na semeadura e nas janelas de plantio, bem como na escolha das cultivares, haja vista essa mudança de configuração de clima de uma safra para a outra.

A safra 2023/2024, iniciada em setembro, deve ter a atenção do produtor para alguns pontos, dentre os quais se destacam os fatores climáticos, as dinâmicas nacional e internacional de mercado e o quesito sustentabilidade.

CLIMA

Apesar dos recordes vivenciados nas duas últimas safras de grãos no Estado, em período de La Niña, a safra que se inicia tem por desafio a adaptabilidade aos fenômenos impostos pelo El Niño, que toma o lugar na dinâmica atmosférica e das águas oceânicas, interferindo no regime de chuvas e na temperatura no mundo todo.

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) apontam para um fenômeno intenso, com um agravante: se nos últimos El Niño registrados – e suas consequências para o agro – o aquecimento das águas do Pacífico ocorriam junto a um Atlântico de águas frias, neste ano, há o fator inédito das águas do Atlântico também estarem quentes. E essa conjunção, que se desenha pela primeira vez, impõe um cenário desconhecido, sendo ponto de atenção para produtores de Nortea Sul do País.

Diante disso, é importante para o produtor cautela na semeadura e nas janelas de plantio, bem como na escolha das cultivares, haja vista essa mudança de configuração de clima de uma safra para a outra. Além disso, é importante monitorar as oscilações e os prognósticos das dinâmicas atmosféricas mês a mês, para tomada de decisões no campo.

MERCADO

A última safra de grãos trouxe recorde na produção tanto no Brasil, quanto em Goiás. Se por um lado esse volume foi acelebrado, especialmente pela produtividade alcançada, por outro acendeu um alerta em relação ao excedente que derrubou preços, a partir da quantidade ofertada em demasia. Há registro de alguns produtores optando por alternativas, especialmente em relação à próxima safrinha, com tendência de substituir o milho 2ª safra por cultivos como sorgo ou girassol.

Além disso, o cenário alertou o mercado para a necessidade do investimento em armazéns, que podem ser estratégicos para segurar produções à espera de melhores opções de preços no mercado. Há crédito para isso, como programas operados pelo Governo de Goiás, incluindo o FCO [Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste] e o Produzir [Programa de Desenvolvimento Industrial de Goiás], por exemplo. Quando o cenário considera o mercado externo, há uma tendência de elevação nas exportações de soja e milho.

É um risco em relação ao comportamento do dólar, mas pode ser considerado favorável em virtude das dinâmicas climáticas que também podem afetar outros países, como os Estados Unidos. A Argentina, por outro lado, espera melhor desenvolvimento. Atenção para possibilidades positivas no investimento do processamento e agregação de valor com farelo e óleo.

SUSTENTABILIDADE

Independentemente das possibilidades de cultivo, para a safra 2023/2024 um dos grandes norteadores de mercado estará centrado na agregação de valor por meio de práticas sustentáveis. O Plano Safra colocou pontos de desenvolvimento sustentável como condicionadores de benefícios e a tendência é que as negociações de commodities no mercado internacional sejam balizadas pela adoção dessas ações. Há movimentação em diversos estados, seja pelo uso de remineralizadores, seja pela implantação de boas práticas.

Em Goiás, as ações do Plano ABC+Goiás, alinhadas ao Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária com Vistas ao Desenvolvimento Sustentável (Plano ABC+) do Governo Federal, e do Programa Estadual de Bioinsumos, se apresentam como diferenciais para alavancar a produção e seu status.

PONTO DE ATENÇÃO

Seguro Rural Em meio às incertezas que pairam sobre a produção da Safra 2023/2024, uma oportunidade de evitar prejuízos é a contratação do seguro rural, oferecido por meio do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), concedido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O produtor interessado deve procurar uma seguradora habilitada pelo Ministério para contratação.

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