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Fabricação de Queijos: agregação de valor à cadeia produtiva do leite

Senar Goiás oferece cursos gratuitos para capacitar produtor rural no setor desde a criação dos animais, gestão até a fabricação do produto final

Produzir leite nunca foi tão difícil quanto agora. Custos altos com a atividade, que aumentam mais que o próprio reajuste no preço do litro de leite pago pela indústria. Dificuldades que fazem os pecuaristas procurarem alternativas para agregar valor ao produto, como é o caso de muitos, que procuram melhorar a renda, utilizando a matéria-prima da criação para fabricar derivados como o queijo.

Em Goiás existem agroindústrias de processamento de queijo desde as grandes que tem produtores de leite integrados, até as pequenas que processam a própria produção da fazenda. O objetivo em comum dos dois tipos de cadeia: é agregar ao leite, é o que analisa Carolina Berteli, coordenadora técnica de Formação Profissional Rural do Senar Goiás.

“A agregação de valor por meio da industrialização, pra esses produtos que são considerados commodities, ela é um caminho viável pra que esse produtor ele se torne mais independente, que ele valorize mais a sua produção. E é claro que dentro desse sentido, ele pode imprimir suas características sociais, culturais e regionais na sua própria produção.”

Mas para conseguir se manter na cadeia produtiva, é preciso não só conhecimento prático, mas técnico também. “Hoje o Senar Goiás conta com uma ampla gama de serviços, que vão desde à assistência técnica e gerencial para agroindústria e também na produção de leite, nós temos os treinamentos de formação profissional rural, voltados desde a alimentação do bovino de leite, vacinação, casqueamento, a boas práticas relativas à segurança do trabalho”, conta.

Para a fabricação do leite também é importante ter conhecimento científico, cursos que ajudem a manter a qualidade do produto e garanta segurança alimentar. Para a produção de queijos, o Senar conta com dois treinamentos: o treinamento de processamento artesanal do leite e o treinamento novo de produção de queijos especiais.

“Precisamos pensar quando se vai comercializar na questão sanitária, todo produto produzido de forma artesanal, é necessário que junto com as questões culturais, tradicionais, de aprendizado familiar e local, o produtor agregue ali os conhecimentos, muito do trabalho do Senar Goiás na transferência de conhecimento, pra formar um produtor que faça um queijo artesanal com qualidade, com segurança. Não é porque vou trabalhar com conhecimentos técnicos, que vamos abrir mão das questões culturais. As duas andam juntas”, explica Carolina Berteli.

Além do sabor, segundo a coordenadora, o produtor tem sempre que pensar que está levando um produto com sabor, com característica, com regionalidade, mas também na segurança sanitária, que é uma exigência cada vez maior do mercado consumidor.

“Investir em boas práticas agropecuárias, ali nos cuidados com os animais: sanitários, com bem-estar animal, nutrição e também nas boas práticas de fabricação de queijo, tudo isso traz um retorno financeiro maior para aquela produção. Com um produto excelente e de qualidade, o produtor pode trabalhar a marca, o marketing voltado para as características regionais também, unindo com as boas práticas”, analisa a coordenadora técnica de Formação Profissional Rural do Senar Goiás.

Além da formação profissional, a instituição oferece na plataforma EAD, cursos e informações sobre a cadeia produtiva do leite e te queijos. “São treinamentos e ferramentas gratuitas ao produtor rural, pra assessorar a atividade e buscar autonomia do produtor nesse mercado”, diz.

Selo Arte

“O Selo Arte é uma ferramenta criada pelo Governo Federal e desde 2018 vem sendo trabalhado, para valorizar a produção regional e cultural. Existe dentro da Instrução Normativa da Agrodefesa que regulamenta a concessão do Selo Arte pra queijarias artesanais, uma exigência de que o produtor esteja capacitado, que demonstre que ele passou por capacitação tanto nas boas práticas agropecuárias, quanto nas boas práticas de fabricação de queijos e o Senar Goiás tem trabalhado pra oferecer essa capacitação de forma gratuita”.

Mesmo que o produtor não se enquadre nos requisitos do Selo Arte, para ser caracterizado como um produtor de queijo artesanal, Berteli lembra que há outras possibilidades de formalizar a atividade e garantir renda.

“Os cursos auxiliam para que o produtor se enquadre em outras categorias de produção, de agricultura familiar, buscar um serviço de inspeção municipal, estadual, até o federal e assim garantir um mercado maior pra sua produção. Esse mercado tem espaço pra todo mundo, mas pra todo mundo que toma esses cuidados, se capacite e os cursos do Senar são gratuitos e acessíveis”, finaliza Berteli.

Cursos do Senar

Para mais informações sobre os cursos de processamento de leite e queijos do Senar Goiás, acesse:

https://sistemafaeg.com.br/senar/cursos-e-treinamentos/alimentacao-e-nutricao/processamento-artesanal-de-leite

https://ead.senargo.org.br/curso/boas-praticas-agropecuarias-para-queijarias-artesanais

https://sistemafaeg.com.br/senar/cursos-e-treinamentos/alimentacao-e-nutricao/producao-artesanal-de-queijos-especiais

Janaina Honorato
Janaina Honorato
Jornalista especialista em agronegócio com formação em marketing digital. Experiência de 9 anos com comunicação para o agronegócio em reportagens de TV, rádio, impresso e internet.
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