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Fábrica da John Deere de Catalão-GO demite 85 funcionários, aponta Sindicato

Demissões foram anunciadas nesta terça-feira (17), segundo a empresa por queda na produção

A montadora John Deere, que possui aproximadamente 1.100 funcionários na sua fábrica de máquinas e equipamentos e implementos agrícolas em Catalão, no sudeste de Goiás, demitiu 85 funcionários da linha de produção nesta terça-feira (17).

A empresa informou que “tais medidas se fizeram necessárias por conta da atual demanda de mercado relacionadas à produção de colhedoras de cana e pulverizadores”. Isso significa que o motivo da demissão é a redução de aproximadamente 30% da produção, ou seja, cerca de 850 máquinas pulverizadoras (tipo “gafanhoto”) por ano, que equivale a quase R$ 2,5 bilhões, que a empresa deixará de produzir em 2023″, diz a nota.

Foram finalizados contratos de trabalho com prazo determinado e realizado os ajustes no quadro de funcionários da fábrica do município goiano. Segundo a John Deere, o Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (Simecat) foi comunicado e o processo segue em curso.

De acordo com o presidente do Simecat, Carlos Albino de Rezende Júnior, a empresa começou as negociações para os desligamentos ainda em dezembro do ano passado, informando que houve queda nas vendas de máquinas e impôs ao sindicato, um ajuste no quadro de colaboradores da fábrica de Catalão, que foi definido agora.

O sindicalista apontou que conseguiram reduzir as demissões de 130 para 85 funcionários. E que as negociações seguem para que não haja uma dispensa futura de colaboradores.
“Tem 45 pais de família que não foram desligados, porque conseguimos negociar e vão segurar essas pessoas”, explicou.

Em reunião entre o Simecat e a John Deere foi feita a proposta em que a empresa pagaria R$ 3 mil para cada funcionário fazer qualquer curso profissionalizante de recolocação no mercado.

“A gente conseguiu um acordo de R$ 3 mil de crédito para cada trabalhador demitido fazer um curso no Senai para se recolocar no mercado de trabalho. O Sindicato colocou nesse acordo que a empresa não pode mas fazer contrato temporário, só o da experiência. Também criamos um comitê dentro da empresa pra discutir a desterceirização de algumas áreas pra ver se evita futuras demissões e discutindo a John Deere abrir processos seletivos para fornecedores da cidade de Catalão-GO pra ver se fomenta o emprego na região”, afirma.

Ouça a entrevista completa em áudio de Carlos Albino de Rezende Júnior, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (Simecat):

Janaina Honorato
Janaina Honorato
Jornalista especialista em agronegócio com formação em marketing digital. Experiência de 9 anos com comunicação para o agronegócio em reportagens de TV, rádio, impresso e internet.
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