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Exportadores de algodão estão preocupados com fechamento do Porto na Turquia

O porto turco de Iskenderun, atingido por um incêndio após o sismo, permanece fechado. O país é o quinto principal destino das exportações de algodão do Brasil. Foram enviadas para aquele mercado 221 mil toneladas da pluma em 2022, 13% dos embarques totais do ano.

A Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) não tem uma estimativa de quantos navios com contêineres da pluma estão em rota para a Turquia. O porto de Iskenderun, no sul do país, é a principal porta de entrada do algodão brasileiro em território turco e pode levar até seis meses para ter suas operações voltarem normalizadas.

Traders brasileiros e turcos trocam informações preliminares sobre os impactos. Há uma preocupação especial com a cidade de Karamamaras, um dos principais centros de consumo de algodão do país, e que foi um dos epicentros do terremoto que atingiu o país.

Não há previsão sobre a reconstrução do local nem da retomada da normalidade nos negócios. É lá que está a sede da Kipas Mensucat Isletmeleri AS, maior indústria têxtil turca.

A Direção-Geral de Assuntos Marítimos da Turquia informou, no Twitter, que o incêndio foi controlado no Porto de Iskenderun, mas que os serviços estão indisponíveis. “Os navios em espera devem se dirigir a outras instalações. Não há obstáculos para operações em outras instalações portuárias no Golfo”, disse na publicação. Na quinta-feira, a autoridade disse que mais de mil contêineres estão separados no local e que a “reabilitação do porto começará imediatamente”.

A.P. Moller Maersk, uma das maiores companhias de transporte marítimo do mundo, informou na quarta-feira que não poderá entregar as cargas que estão em águas no momento com destino ao Porto de Iskenderun, mas que manterá os contêineres em portos e hubs próximos pelas próximas três semanas, sem custos extras.

A empresa ofereceu também acordos para mudança de destino de cargas para outros portos da Turquia, com taxas de reacondicionamento, operacionais e administrativas. Para desviar cargas para portos fora da Turquia, a Maersk vai dispensar essas cobranças, mas os clientes serão responsáveis pelos “custos de reestivagem e deslocamento extra, além da diferença de frete marítimo do novo destino”.

O Brasil também exporta soja, açúcar e celulose para a região. Ao menos três navios estão em curso neste momento – o trajeto dura em torno de 20 dias. Duas embarcações carregam soja em grão. Elas zarparam de Santarém e Itacoatiara, no Pará. Já de Rio Grande (RS), saiu um carregamento farelo de soja com destino à Turquia, segundo informações da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).

Fonte: Site Associação Nacional dos Exportadores de algodão

Fabiane Fagundes
Fabiane Fagundes
Jornalista especialista em agronegócio com formação em marketing digital e psicóloga em formação.
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