Uma ação judicial histórica foi movida contra o Banco do Brasil, denunciando a prática ilegal de venda casada que prejudica produtores rurais há décadas. Desde a década de 1960, o crédito rural foi instituído como uma política essencial para o desenvolvimento agrícola, oferecendo recursos com juros subsidiados. No entanto, a venda casada imposta pelo banco, especialmente em relação a seguros e consórcios, desvia bilhões de reais e compromete a produção rural.
A Associação Brasileira de Defesa do Agronegócio (ABDAGRO) representa milhares de produtores afetados e busca uma reforma nas regulamentações do crédito rural. A ação, que exige a devolução de mais de R$ 800 bilhões, visa não apenas compensar os danos, mas também garantir que o crédito rural seja utilizado de maneira justa, sem imposições ilegais.
Nos últimos 10 anos, R$ 179 bilhões foram desviados para produtos financeiros forçados. A venda casada eleva os custos dos produtores e compromete sua capacidade de produção, colocando em risco a sustentabilidade do agronegócio brasileiro.
Esta ação, considerada a maior do mundo em seu tipo, busca combater práticas abusivas e garantir que o crédito rural volte a ser uma ferramenta eficaz para o crescimento econômico do país. O impacto dessa prática é devastador, levando ao endividamento e à ruína de muitos produtores que dependem do crédito para continuar suas atividades no campo.