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Dia Mundial da Alimentação: Insegurança alimentar e como ela avança no Brasil

Segurança alimentar e nutricional é pauta urgente no Brasil especialmente no momento em que 55,2% da população não necessariamente come três refeições ao dia

Mesmo sendo um dos maiores produtores de alimentos do mundo, o Brasil registra cerca de 19 milhões de pessoas em privação extrema de alimentos.  Neste cenário, a segurança alimentar e nutricional é uma pauta urgente no Brasil. Embora a pandemia tenha contribuído para o agravamento da insegurança alimentar no Brasil — principalmente pelo aumento de desempregados, que já representam 14% da população –, a pesquisadora Denise Oliveira destaca que a crise sanitária antecipou um cenário estruturado há mais de uma década.

“Há estudos em diferentes áreas que mostram que esse cenário já vinha se mostrando com as crises mundiais, desde 2004, 2008. A pandemia foi uma alegoria da desigualdade, ela se instala dentro de uma situação que já vinha se deteriorando”, diz.

De acordo com Denise, um dos maiores desafios para a garantia de uma alimentação adequada e suficiente aos brasileiros é a própria dinâmica da produção.  “Mudar a forma como produzimos os alimentos, como consumimos e como descartamos, já que as perdas e desperdícios são um problema que também precisa de atenção”. Em resumo, segundo ele, “a chave está nas práticas agrícolas e pecuárias sustentáveis”.

Apesar do cenário preocupante, especialistas em nutrição e abastecimento concordam que existem saídas viáveis para contornar a crise no Brasil. Denise Oliveira destaca, inclusive, que a solução “não é uma resposta difícil”.

“O Brasil foi líder em experiências como o Fome Zero e o Bolsa Família, que foram usadas em países europeus. Existem leis e políticas para a garantia da segurança alimentar.

 Ministério da Cidadania informou, em nota, que “tem trabalhado sistematicamente para fortalecer os programas sociais e estabelecer uma rede de proteção para a população em situação de vulnerabilidade no país”.

O texto diz ainda que “em 2021, somente por meio do Programa Bolsa Família (PBF), do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e do Auxílio Emergencial, a pasta já investiu mais de R$ 102,02 bilhões”.

A pasta informa que, desde abril de 2020, o número de famílias atendidas pelo Bolsa Família se mantém acima dos 14 milhões, “a maior média da história” e que o novo programa social do governo, o Auxílio Brasil, “estabelece critérios que vão fortalecer a rede de proteção social e criar oportunidades de emancipação para a população em situação de vulnerabilidade”.

ViaCNN
Fabiane Fagundes
Fabiane Fagundes
Jornalista especialista em agronegócio com formação em marketing digital e psicóloga em formação.
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