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Como proteger o cultivo de hortaliças nas estações quentes e chuvosas?

Na primavera e no verão, a combinação de altas temperaturas e grande umidade favorece o surgimento de doenças

É chegar a primavera em setembro, que as mudanças climáticas começam a acontecer, indicando que o período chuvoso no Brasil vem chegando. Altas temperaturas ao longo do dia e grandes de volumes de chuva, que geralmente ocorrem à tarde e à noite no Cerrado. É um verdadeiro desafio para o produtor de hortaliças, que são mais sensíveis a essa época.

É onde os preços desses alimentos (frutas, legumes e verduras) sofrem alterações constantes por conta de oferta e demanda, que dependem do clima. O impacto acontece no cultivo de hortaliças como: alface, couve, rúcula, agrião, almeirão, cheiro verde, brócolis e até raízes como a mandioca, batata e outras variedades de alimentos tomate, pimentão.

As hortaliças mais importantes no Brasil, tanto em quantidade quanto em valor de produção, que sofrem muito nesse período, são a alface e o tomate, que estão presentes quase todos os dias na mesa dos brasileiros.

“A alface é uma hortaliça herbácea, então a sua própria estrutura torna a planta muito mais sensível ao ataque de pragas e doenças. As doenças que atingem a alface são Rhizoctonia, conhecida como a queima das raias, podridão de brotritis e a septoriose, as três são mais intensas agora no período chuvoso, porque chove durante o dia e noite, com temperaturas mais amenas em algumas horas e temperaturas altas em outras. Umidade e alta temperatura, condições ideias para essas doenças”, explica o engenheiro agrônomo e mestre em produção vegetal, Lincoln França, que é supervisor técnico do Senar Goiás.

Já no tomate, segundo o especialista, existem variadas doenças com poder de contaminação maior agora com chuva e sol forte tanto na primavera quanto no verão, em que há um período de grande água da chuva caindo no solo e logo elevadas temperaturas durante o dia. Doenças tais como: requeima, pinta preta e murcha bacteriana do tomateiro.

Manejo

O manejo integrado é necessário para proteger o solo e as lavouras dessas pragas, doenças e plantas daninhas.

“O manejo tem que ser feito tanto na estação seca quanto na chuvosa pra evitar problemas futuros. Fazer o manejo integrado de pragas, doenças e plantas daninhas, é essencial porque por mais que a cultura não esteja plantada no solo, se eu tiver uma determinada população de plantas daninhas e elas tiverem servindo como hospedeiro, eu já tenho a doença lá sem a presença das plantas comerciais. É preciso ainda fazer o monitoramento de insetos, que além de causarem problemas para as plantas, podem ser transmissores de vírus e aquele dano direto pode ser porta de entrada para doenças”, analisa Lincoln.

Além do manejo integrado de pragas e doenças, o supervisor técnico do Senar Goiás traz outra opção que é o manejo cultural, fazendo o cultivo de determinadas culturas no sistema de plantio direto, amplamente difundido na soja e no milho, utilizando a palhada para proteger o solo de erosão e altas temperaturas, além de outros benefícios.

Alternativas de proteção

Sistemas protegidos em estufas, hidroponia ou aquaponia e até mesmo uso de plasticultura, podem ser ótimas alternativas para prevenir as plantas, já que esses cultivos são mais controlados e o produtor consegue guardar mais o ambiente

Foto: Divulgação

“Cultivar hortaliças no sistema de hidroponia, sem a presença do solo, além de uma diminuição drástica de pragas e doenças, já que todas as plantas não tem contato com o chão. Já no ambiente protegido de estufas, abriga as plantas da chuva.”





“E tem o sistema de mulching, que é a cobertura do solo e das plantas com plástico mantendo o ambiente controlado e além disso, principalmente evitando a lixiviação de nutrientes por excesso de água, separando a parte aérea das plantas do solo, evitando doenças”, destaca Lincoln França.

Capacitação

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás) oferece cursos online sobre hortaliças, desde o plantio, manejo e colheita. Para saber mais acesse o site https://ead.senargo.org.br/.

A instituição oferece também de forma gratuita, cartilhas orientativas sobre o manejo de diversas culturas no link: https://cnabrasil.org.br/senar/colecao-senar.

Além disso, dá pra fazer a capacitação de forma presencial, observando a agenda de cursos no site da Federação do estado ou procurando os Sindicatos Rurais em cada município. Em Goiás, o site é https://sistemafaeg.com.br/senar/cursos-e-treinamentos.

Se o produtor quiser orientação individualizada para o seu caso, dá para solicitar nos Sindicatos Rurais assistência técnica e gerencial do Senar, onde técnicos vão acompanhar a produção direto na fazenda. Mais informações no Senar Goiás (62) 3412-2700.

Janaina Honorato
Janaina Honorato
Jornalista especialista em agronegócio com formação em marketing digital. Experiência de 9 anos com comunicação para o agronegócio em reportagens de TV, rádio, impresso e internet.
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