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Com maior competitividade de lácteos internacionais, importações avançam

As importações brasileiras de lácteos seguiram em alta em junho, totalizando 212,1 milhões de litros em leite, segundo a Secex. Comparando-se com junho do ano passado, observa-se crescimento significativo de 148%. No primeiro semestre de 2023, as importações somaram mais de 1,09 bilhão de litros em equivalente leite, quase três vezes acima do volume registrado no mesmo período do ano passado.

As compras externas de leites em pó registraram alta de 6,6% em relação a maio e somaram 176,8 milhões de litros em equivalente leite – o que representou 83,4% do total das importações em junho. Os principais fornecedores de leites em pó foram o Uruguai, a Argentina e o Paraguai.

As importações de queijos corresponderam a 15,8% das compras totais, ainda que tenham registrado baixa de 18,5% frente ao volume registrado no mês anterior. O aumento das importações se justifica pela maior competitividade dos lácteos adquiridos. A menor oferta do leite cru brasileiro neste primeiro semestre elevou as cotações ao longo da cadeia produtiva, distanciando ainda mais os preços dos lácteos nacionais dos internacionais – os quais também têm apresentado tendência de queda.

Mesmo com as recentes quedas nos preços internos, as importações seguiram em alta porque foram negociadas entre abril e maio, quando os valores praticados no país ainda estavam em patamares mais elevados que os atuais. Já em relação às exportações de lácteos, o aumento foi de 3% de maio para junho, chegando a 8 milhões de litros em equivalente leite, 4,8% menor que o registrado em junho/22.

O total embarcado nesse primeiro semestre é 54% menor que a quantidade vendida no mesmo período do ano passado. De acordo com informações da Secex, houve reduções mensais de 60,8% no volume embarcado de leites em pó e de 14,7% no de leite condensado. Por outro lado, as vendas de leite fluido e creme de leite aumentaram 77,3% e 47,9% na mesma comparação.

Balança Comercial

O déficit da balança comercial de lácteos se ampliou em 1,5% na comparação com maio e chegou a 204 milhões de litros em equivalente leite. Isso significou um saldo negativo de U$ 104,4 milhões em junho, 1% maior que no mês anterior. Este é o maior déficit, em volume e em valor, registrado desde janeiro de 2000.

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