O número de municípios brasileiros com pelo menos uma cachaçaria registrada cresceu no ano passado. É o que mostra o Anuário da Cachaça 2021, divulgado nesta quinta-feira (13) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Segundo o levantamento, a quantidade de municípios passou de 586, em 2020, para 611 em 2021. Apesar do aumento no número de municípios, o documento relata a diminuição de 2% na quantidade de estabelecimentos produtores de cachaça registrados no Mapa: em 2020, esse número foi de 955, enquanto 2021 fechou em 936 estabelecimentos.
No período, foram registradas 98 novas cachaçarias e outras 117 cancelaram seus registros.
Cachaçaria por Região
A Região Sudeste domina a produção, com 620 cachaçarias que representam 66,2% do total no país.
Em seguida, temos o Sul com 138, Nordeste com 130, Centro-Oeste com 39 e o Norte com nove estabelecimentos.
Minas Gerais lidera em número de estabelecimentos registrados, com 353, e com maior número de municípios, 207, com ao menos uma empresa registrada.
Além disso, é a unidade da Federação com a maior densidade, com a marca de um estabelecimento para cada 60.315 habitantes.
Em termos relativos, observa-se que o maior aumento percentual no número de cachaçarias ocorreu na Região Sul, onde a abertura de 20 novas fábricas representou um aumento de 16,9% em relação ao ano anterior.
Esse aumento foi impulsionado pela abertura de nove empresas no Rio Grande do Sul, nove em Santa Catarina e duas no Paraná.
O Sul também foi a única região em que todos os estados apresentaram crescimento no número de estabelecimentos registrados.
São Paulo, por sua vez, ocupa a segunda posição no ranking, com 143 cachaçarias.
O estado registrou um aumento com a abertura de 15 novos estabelecimentos, ou aproximadamente um novo por mês, que correspondem a um crescimento de 11,7% em relação a 2020.
Outro destaque é o Espírito Santo que tem quase a metade dos seus municípios (47,4%) com pelo menos uma empresa.
Apesar de ser o terceiro estado quanto ao número total de estabelecimentos, com 64 cachaçarias, se encontra na segunda posição no que diz respeito a densidade cachaceira, apresentando um estabelecimento para cada 64.214 habitantes.
As únicas unidades da Federação que se mantiveram com o mesmo número de cachaçarias foram: Alagoas (3), Acre (1), Amazonas (1), Mato Grosso do Sul (1) e Rondônia (1).
Produtos
Em 2021, atingiu-se a marca de 4.969 registros de cachaças, sendo que desses, 810 continham mais de uma marca comercial no mesmo número de registro. A média brasileira é de 5,2 registros de produtos por estabelecimento.
No que se refere ao valor da mercadoria exportada, os Estados Unidos foram o maior mercado de exportação para a cachaça, avaliado em US$ 3.481.872.
Destaca-se também a Europa, com sete países entre os dez principais parceiros econômicos na compra de cachaça.
O continente foi responsável por um mercado de US$ 6.238.439. A cachaça é um produto típico brasileiro, por isso não há importação deste produto.
“O Anuário da Cachaça é mais uma importante entrega do Mapa e retrata um setor em fase de retomada, ao conciliarmos os dados do levantamento com os números promissores que o IBRAC tem divulgado de crescimento da cachaça no mercado interno e externo, principalmente dos resultados parciais de exportação de 2022”, destaca Carlos Lima, diretor executivo do Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), entidade representativa do setor.
O Anuário da Cachaça foi divulgado em evento organizado pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), com o apoio do Mapa, em parceria com a GS1 Brasil.