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Brasil precisa ser autossuficiente na produção de fertilizantes, diz Tereza Cristina

Segundo a Ministra da Agricultura, o Plano Nacional de Fertilizantes, que deve ser lançado este mês vai levar o Brasil a autossuficiência em 30 anos

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, participou do Programa Sem Censura da Tv Brasil, nesta segunda-feira (7). Durante a entrevista, ela falou sobre a gestão das políticas públicas de estímulo à agropecuária, fomento do agronegócio e da regulação e normatização de serviços vinculados ao setor. E também sobre o pequeno, o médio e o grande produtor rural.

Ao longo da sua fala, a ministra mencionou que a segurança alimentar é uma questão de segurança nacional, o que passa pela importação de fertilizantes, produtos essenciais para a produtividade da agropecuária e a alimentação no mundo. A falta de abastecimento desses insumos, ganhou mais destaque com os conflitos entre Rússia e Ucrânia, países que são os principais fornecedores de potássio e nitrogenados do Brasil.

A Rússia é o maior exportador de NPK, sigla para nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), que são os três macronutrientes mais importante para a nutrição das plantas. Só desses fertilizantes químicos ou adubos, em 2021, o Brasil importou da Rússia 23%, foram mais de 9,2 milhões de toneladas, como mostrou um levantamento do Comex Stat, do Ministério da Economia.

Esses dois fertilizantes são importados pelo Brasil, que tem grande dependência externa. Os impactos da falta desses produtos, podem ser custos de insumos elevados, queda no volume produzido, menos oferta, preço de toda cadeia sobem, inclusive para o consumidor.

“Quando cheguei ao ministério, vi esse problema e comecei a trabalhar em um plano para resolver esse problema. EUA tem 80% de produção própria e 20% de importados, a China está mais ou menos nesse patamar e o Brasil, com essa potência do agro que é, tem que chegar nesses patamares de mais autossuficiência”, disse a ministra durante entrevista, se referindo ao Plano Nacional de Fertilizantes, que será lançado este mês.

No Brasil, existem minas de potássio que estão funcionando em Sergipe e uma jazida da região de Altazes, no Amazonas. De acordo com a ministra, as duas poderia trazer uma tranquilidade ao país quando começar a ser explorada.

“Hoje existe já um direito minerário que uma empresa para explorar, ela está em fase de licenciamento ambiental, é uma série de licenciamentos porque nós temos um código ambiental e mineral muito rígido faz com que isso demore muito mais para acontecer”.

A Ministra chegou a criticar a rigidez quanto à legislação brasileira, para liberar licenças desse tipo de serviço.

“Nós temos que ter celeridade na aprovação dessas licenças e saber aquilo que realmente importa e a parte da compensação. O Potássio é importante para o Brasil, é, então ele está em uma região que tem alguns problemas de meio ambiente, nós temos que ver a mitigação desses riscos, qual a compensação que pode ser feita e saber que isso é um problema de segurança nacional. Então a gente tem que, em alguns casos, ter essa excepcionalidade, e essa celeridade para que as coisas aconteçam de maneira mais célere”, finalizou a Ministra da Agricultura Tereza Cristina.

Veja a entrevista completa da Ministra da Agricultura, no Programa Sem Censura, da TV Brasil.

Janaina Honorato
Janaina Honorato
Jornalista especialista em agronegócio com formação em marketing digital. Experiência de 9 anos com comunicação para o agronegócio em reportagens de TV, rádio, impresso e internet.
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