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Boletim Agroclimatológico do Inmet traz perspectiva do clima nas regiões do Brasil neste primeiro trimestre de 2022

Chuvas acima da média no centro-norte do país e seca na região sul está entre as diferenças do clima brasileiro

O agronegócio é uma indústria a céu aberto e por isso sofre constantes mudanças ao longo das safras. O clima, por exemplo, é um dos principais fatores que influenciam na produtividade da agricultura. Dependendo das condições, muita ou pouca umidade pode afetar o ciclo de produção.

No norte de Goiás e em boa parte do Tocantins por exemplo, do final de dezembro de 2021 pra cá, a chuva tem sido intensa, tanto que em algumas regiões, lavouras de milho ficaram alagadas e áreas de soja perderam nutrientes de solo com a enxurrada. Já na região sul do país, em estados como Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, as lavouras de soja e outros produtos sofrem com a seca, que vem castigando e já compromete a produtividade dos grãos.

Nos últimos dias, estamos sob a influência da zona de convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que é um grande corredor de umidade que sai do norte do país e vai até o sudeste, favorecendo a formação de áreas de instabilidade em várias partes do país, trazendo pancadas de chuvas isoladas e volumosas, acompanhadas de rajadas de vento e raios.

Nos cálculos do Instituto Nacional de Meteorologia, as chuvas continuarão atuando em várias regiões brasileiras, pelo menos nos próximos dias, é o que explica Francisco de Assis, Chefe de Previsão do Tempo do Inmet em Brasília:

“Nos próximos dias, até o começo da próxima semana, persiste boas condições de chuva, na parte central do Brasil, principalmente em Mato Grosso, Goiás, Tocantins, centro e norte do Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Oeste da Bahia, toda a região do Matopiba, de maneira bem intensa, são regiões grande produtora de grãos, analisa Francisco.”

O Inmet publicou recentemente, o Boletim Agroclimatológico, trazendo perspectivas do clima para janeiro, fevereiro e março de 2022, citando todas as regiões do país, um bom panorama do que esperar dos céus para a Agricultura. Segue um resumo abaixo:

Região Norte

A previsão climática produzida indica predomínio de chuvas acima da média climatológica em grande parte da Região Norte, durante o trimestre, exceto no estado de Roraima e extremo oeste do Amazonas.

No balanço hídrico no solo indica o predomínio de déficit hídrico apenas no extremo norte da região. Nas demais áreas, a previsão indica elevados níveis de umidade no solo para os próximos meses.

Região Nordeste

A estimativa é de chuvas acima da média histórica para a Região Nordeste, principalmente sobre a parte norte. No centrossul da Bahia, Sergipe e em Alagoas as chuvas podem ser mais irregulares no início do trimestre, resultando em áreas com precipitação abaixo da média.

O balanço hídrico previsto indica o predomínio de déficit hídrico no solo sobre o centro e leste da Região Nordeste. Nos estados do Maranhão, Piauí, Ceará e no oeste da Bahia, a previsão indica níveis de umidade do solo mais satisfatórios.

Região Centro-Oeste

Tendência de precipitação acima da climatologia ou dentro da sua faixa normal para o trimestre em praticamente toda região e níveis satisfatórios de umidade no solo para grande parte da Região Centro-Oeste, exceto em algumas áreas do Mato Grosso do Sul, principalmente nos meses de fevereiro e março.

Região Sudeste

São previstos totais de chuva acima da média em São Paulo e extremo sul de Minas Gerais. No restante da região, são previstas chuvas próximas ou abaixo da climatologia do trimestre.

É previsto bons níveis de umidade no solo em grande parte da Região Sudeste. Contudo, áreas no norte de Minas Gerais e no Espírito Santo podem sofrer deficiência hídrica.

Região Sul

Para a Região Sul, prevê-se chuvas próximas e acima da média climatológica em parte dos estados do Paraná e de Santa Catarina. Porém, no Rio Grande do Sul, a previsão indica chuvas ligeiramente abaixo da média na maior parte do seu território.

São previstas condições hídricas favoráveis para a maior parte da Região Sul, principalmente no leste de Santa Catarina, no Paraná. Porém, em áreas do Rio Grande do Sul, existe uma tendência de continuidade dos níveis de baixa umidade do solo nos próximos meses, o que pode prejudicar o desenvolvimento das culturas de verão.

Para acessar o Boletim Agroclimatológico completo clique aqui

Mais informações é só acessar o Portal do INMET: https://portal.inmet.gov.br/

Janaina Honorato
Janaina Honorato
Jornalista especialista em agronegócio com formação em marketing digital. Experiência de 9 anos com comunicação para o agronegócio em reportagens de TV, rádio, impresso e internet.
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