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Abertura Nacional da Colheita do Milho 2ª Safra debate os desafios de produção e Reforma Tributária

O evento faz parte do Projeto Mais Milho que visa promover maior produtividade, rentabilidade e eficiência para os produtores.

A Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) realizou, nesta quarta-feira (12), a Abertura Nacional da Colheita do Milho 2ª Safra. A cerimônia ocorreu na cidade de Cláudia, em Mato Grosso.

Com a cultura do milho assumindo cada vez mais destaque na produção de grãos do Brasil, um dos objetivos da Abertura Nacional da Colheita do Milho 2ª Safra foi debater o cenário atual do cereal e os demais desafios do agronegócio brasileiro. O presidente institucional da Abramilho, Otávio Canesin, destacou a importância de eventos como este, que buscam debater os desafios da produção e impulsionar o setor.

“Hoje, Mato Grosso produz quase metade do milho brasileiro, o que é um feito notável dos produtores, mas ainda temos que buscar soluções para este momento que o agro vive — com a tramitação da reforma tributária e as baixas margens de resultados do produtor”.

O evento faz parte do Projeto Mais Milho, uma parceria entre o Canal Rural, Senar, Abramilho e a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), que visa promover maior produtividade, rentabilidade e eficiência para os produtores. A abertura foi na Fazenda Jaqueline, propriedade do produtor mato-grossense e vice-presidente da Abramilho, Zilto Donadello.

“O evento da colheita é uma oportunidade para nós produtores mostrarmos a importância da 2ª Safra do milho para MT e para todo o Brasil, afinal  em 2022/23, o milho assumiu cerca de 40% da produção total de grãos no país. Anteriormente o grão era cultivado para complementar a renda dos produtores e auxiliar nos custos, porém, atualmente, o milho supera a produção de soja em alguns estados, como Mato Grosso”, concluiu Donadello.

Durante a abertura, o presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Nilson Leitão, garantiu que a Frente Parlamentar da Agropecuária vai continuar pressionando para que a reforma beneficie o produtor.

“A possibilidade é zero de o texto permanecer como está no Congresso na questão da herança e dos fundos. Temos 37 senadores de oposição que trabalham conosco na Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Portanto, não passará aquilo que vai fazer mal ao produtor”, falou.

O diretor da Abramilho, Paulo Bertolini, enfatizou a necessidade de investimentos em infraestrutura para a cultura do milho. “O milho tem sido um grande demandante por espaços de armazenagem, unidades de processamento, secagem e limpeza. É importante que os agricultores considerem a armazenagem como parte essencial do seu negócio, especialmente agora que Mato Grosso se tornou o maior produtor de milho do país, ultrapassando a soja.”

Quem também expressou preocupação com a viabilidade da próxima safra foi o presidente da Aprosoja-MT, Fernando Cadore., que destacou a importância de abordar a realidade do setor.

“Num ambiente de milho a 40 reais, com as sementes e fertilizantes caríssimos e com máquinas que triplicaram de preço, talvez o momento para a formação da nova safra seja de cautela. Não adianta a gente programar uma lavoura se o resultado financeiro não for positivo”, explicou.

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