Após o governo anunciar a destinação de mais de 6,54 bilhões de reais de recursos equalizados pelo tesouro nacional para financiar os agricultores familiares, o Ministro da Agricultura, Marcos Montes, aconselhou os agricultores a buscarem o quanto antes o credito rural nas instituições financeiras.
Entidades de pequenos agricultores relatam dificuldades na contratação de operações de custeio da safra 2022/2023 no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) por meio do Banco do Brasil (BB). De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), agências da instituição em vários estados suspenderam nesta semana os financiamentos dessa modalidade de crédito, devido à falta de recursos para bancar a equalização de taxas dos empréstimos, que envolvem juros controlados.
O Ministro reconhece que menos de 9% dos 341 bilhões do plano safra 2022/2023 foram liberados até agora, e explica que a suspensão de crédito para alguns setores, como o Projeto ABC e Agricultura Familiar se deu por necessidade de readequação determinada pela CGU, que sugeriu critérios de distribuição dos recursos para instituições financeiras privadas, cooperativas e públicas, impactando nos valores disponibilizados pelo Banco do Brasil , que tradicionalmente já viabiliza o agronegócio, e é o mais procurados para esse tipo de transação.
O Ministro garante que com essa reorganização na distribuição dos recursos entre vários bancos, o produtor terá mais facilidade de acessar os créditos, mas otimismo vem com um alerta, de que cada banco tem autonomia de critérios de liberação de recursos e que aqueles que se apressarem terão mais chances de serem beneficiados.
