A primeira semana de fevereiro será marcada por chuvas fortes e temporais, impulsionados por sistemas meteorológicos como a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) e a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). A persistência do fenômeno La Niña contribui para a atuação de frentes frias que se deslocam do Sul para o Sudeste, além da formação de áreas com alta umidade. Como resultado, as chuvas podem ultrapassar 100 mm em diversas regiões do Brasil, impactando a agricultura e aumentando o risco de alagamentos.
Regiões mais afetadas pelas chuvas:
Sul
No Rio Grande do Sul, a maior parte do estado continuará com tempo seco, mas o litoral norte e a Serra podem registrar chuvas moderadas. Em Santa Catarina, pancadas de chuva irregulares devem ocorrer, enquanto no Paraná, há risco de temporais no litoral e áreas do leste. A partir de quarta-feira (5), uma frente fria se desloca pela região, trazendo chuvas mais generalizadas. As acumuladas podem atingir até 100 mm no leste catarinense e paranaense, o que pode resultar em alagamentos e afetar as lavouras. O mês de fevereiro tende a ser chuvoso, o que pode favorecer o enchimento de grãos, mas também gerar excesso de umidade.
Sudeste
A semana inicia com condições instáveis devido ao avanço de uma frente fria. São Paulo e o Triângulo Mineiro devem registrar volumes elevados de chuva, com possibilidade de até 100 mm, o que aumenta o risco de enchentes. No Rio de Janeiro, Espírito Santo e centro-norte de Minas Gerais, o tempo será mais seco, com chuvas de até 15 mm. Os produtores devem aproveitar o período de tempo firme para realizar manejo do solo e tratamentos fitossanitários.
Centro-Oeste
Mato Grosso do Sul terá tempo ensolarado e altas temperaturas, com pancadas de chuva localizadas. Já em Mato Grosso e Goiás, as chuvas serão mais intensas, com acumulados que podem superar 100 mm, o que pode atrasar a colheita de soja e o plantio de milho e algodão segunda safra. No sul e leste de Mato Grosso do Sul, a umidade no solo será mantida com acumulados de até 50 mm. No oeste do estado, as chuvas devem variar entre 10 mm e 20 mm.
Nordeste
O sul do Maranhão, Piauí e oeste da Bahia terão chuvas persistentes. No litoral do Maranhão e Ceará, há risco de raios, e as chuvas mais volumosas podem atingir 80 mm em cinco dias, impactando atividades agrícolas. O interior da Bahia terá uma semana mais seca, com precipitações abaixo de 5 mm, o que pode causar estresse hídrico nas lavouras de sequeiro.
Norte
Manaus terá manhãs de sol e chuvas fortes à tarde. Estados como Pará, Amapá, Roraima, Rondônia, Acre e Amazonas deverão acumular mais de 100 mm, o que pode prejudicar a colheita. Tocantins terá uma trégua, com chuvas variando entre 20 mm e 30 mm.
Impactos e recomendações
A forte instabilidade pode prejudicar as colheitas, atrasar o plantio e causar alagamentos em várias regiões do Brasil. Os produtores devem acompanhar de perto a previsão do tempo para ajustar o calendário agrícola e minimizar os impactos. A recomendação é aproveitar os períodos secos para o manejo de solo e os tratos culturais. Fevereiro promete ser um mês de precipitações elevadas, exigindo planejamento cuidadoso nos setores agrícola e logístico.