O especialista em fertilidade do solo, Edilon Oliveira, acredita que, no geral, o cenário de dezembro e dos primeiros dias de janeiro é positivo, e os produtores de Rio Verde estão otimistas com a safra, esperando boas colheitas.
No entanto, a safra deste ano tem enfrentado vários desafios. De acordo com Edilon, o maior problema para os produtores de soja foi o clima. Em algumas áreas, as chuvas no começo da temporada foram intensas, enquanto em outras faltou chuva, o que dificultou o plantio. Além disso, houve problemas com o fornecimento de fertilizantes e sementes, o que deixou muitos produtores ansiosos.
Após o plantio, surgiram ainda mais dificuldades, como o ataque de lagartas em algumas regiões, o que causou grandes danos. Também houve a presença de metaleiros, insetos que prejudicam as plantas, e o surgimento de manchas causadas por nematóides devido às chuvas em excesso. Mesmo com esses desafios, a Agrimax tem orientado os produtores para minimizar perdas e se preparar melhor para o próximo ano.
Em janeiro, Rio Verde enfrentou fortes chuvas, com 155 milímetros registrados nos dias 6 e 7, que causaram danos tanto na cidade quanto no campo. Ivan Brucelli, produtor rural, explica que chuvas muito fortes e concentradas em um curto espaço de tempo são mais complicadas para o campo. Se as chuvas fossem mais espalhadas durante o dia, a situação seria mais fácil de lidar.
Enquanto Rio Verde teve bastante chuva, outras regiões, como Paraná e Rio Grande do Sul, enfrentam falta de chuva, o que tem prejudicado as lavouras. Ivan destaca que, apesar dos desafios climáticos, Goiás, e especialmente Rio Verde, ainda é um lugar com boas condições para a agricultura.
Para ajudar os produtores, a Agrimax tem utilizado mapas de produção, que ajudam a identificar o que precisa ser melhorado na lavoura e a planejar para o futuro. Esses mapas ajudam a entender os fatores que influenciam na produção, seja ela boa ou abaixo das expectativas, e orientam os produtores sobre onde fazer ajustes para aumentar a produtividade.
A Agrimax também tem ajudado a otimizar custos, usando a tecnologia para garantir que os investimentos sejam bem direcionados. Em áreas mais arenosas, onde as chuvas deste ano podem causar a perda de nutrientes, a orientação é fazer coletas e direcionar os recursos de forma mais eficiente.
Apesar dos desafios enfrentados até agora, Ivan Brucelli está otimista com a colheita. Ele acredita que, no final, a produção será dentro da normalidade. No entanto, a previsão é de que a colheita aconteça entre 25 de janeiro e 28 de fevereiro, e com muita gente colhendo ao mesmo tempo, pode ser um período mais desafiador.