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Prepare o bolso: Ovos de Páscoa devem contar com preços ‘salgados’

Isso porque os preços globais do cacau, principal matéria-prima dos produtos, segue em disparada no mercado internacional.

O consumidor já pode esperar por preços mais “dolorosos” na hora de realizar a compra de ovos de Páscoa e chocolates neste ano de 2024. Isso porque os preços globais do cacau, principal matéria-prima dos produtos, segue em disparada no mercado internacional. O principal fator que tem influenciado os preços globais é o balanço global de oferta e demanda mais apertado.

O ano deve ser o terceiro consecutivo de déficit no balanço global, em que a demanda do mundo pelo cacau supera a oferta.

“Esse é um cenário bastante raro para o mercado de cacau, e por isso gera tanta preocupação. A última vez que o mundo viu três déficits consecutivos foi em 1969. Dessa forma, com os operadores antecipando esse novo déficit neste ano, os estoques globais de cacau também devem sofrer baixas significativas”, diz Leonardo Rossetti, analista do mercado de cacau na StoneX.

O principal motivo para essa queda na oferta fica por conta da quebra de safra na Costa do Marfim e Gana, os dois maiores produtores da commodity no mundo, que respondem por 60% da produção global.

A quebra ocorre em função de doenças que têm afetado os cacaueiros e dificuldades financeiras para investimentos em tratos das lavouras e adubação adequada.

“Por outro lado, a demanda tem se mostrado mais resiliente do que todos esperavam. As companhias de chocolates e de produtos que utilizam derivados de cacau (como o pó de cacau) têm operado com margens mais estreitas e feito aos poucos repasses desses maiores custos para os preços ao consumidor final”, analisa Rossetti.

No entanto, destaca, apesar dos preços mais caros, a demanda por esses produtos tem se mostrado muito mais firme do que todos esperavam, tendo mostrado pouca retração até o momento.

Saiba mais

O analista da StoneX ressalta que o Brasil acompanha essas altas de preços no mercado internacional.

“Apesar de termos nossa produção, nós ainda temos que importar parte do cacau que consumimos. Dessa forma, o mercado brasileiro usa a bolsa dos Estados Unidos como referência para a precificação do cacau, o que traz uma influência direta das altas no mercado internacional para o nosso mercado doméstico”, diz.

Enquanto os preços na bolsa de Nova York acumulam desde o início de 2023 uma valorização de cerca de 110%, os preços do cacau na Bahia nesse mesmo período avançaram cerca de 97%.

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