A Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu para tratar dos impactos climáticos na safra de soja e milho e avaliação de medidas emergenciais em suporte ao produtor rural.
A reunião foi conduzida pelo presidente da Comissão, Ricardo Arioli, com apoio do assessor técnico da CNA, Tiago Pereira. A reunião também contou com a presença de representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e da AgResource Brasil.
“A quebra de safra deste ano na produção de milho e soja é iminente e precisamos estar unidos nesse momento desafiador para definir medidas e estratégias para minimizar os impactos negativos que os produtores rurais podem ter pela frente”, disse Arioli.
Durante a reunião, o diretor-geral da AgResource, Rafael Mandarino, fez um panorama sobre a atual situação e as projeções para a safra de soja e milho deste ano. Segundo ele, as perdas nessa safra vão ocorrer, mas a grande preocupação é a definição do quadro de oferta e demanda.
“O desafio é ter esse quadro e termos essa discussão mais forte e expressiva para que o mercado entenda a situação que vamos atravessar”, disse Mandarino.
Outro assunto tratado na reunião foi referente a prorrogação do calendário de plantio da soja na safra 2023/2024. Representantes de federações estaduais do Sistema CNA/Senar participaram do encontro e puderam expor as situações dos produtores rurais de soja de seus estados, tanto em relação à safra quanto ao plantio. De forma geral, os pedidos de extensão do calendário estão sendo acatados pelo Mapa em concordância com órgãos estaduais.
O presidente da Câmara Setorial da Soja do Mapa, André Dobashi, comunicou que o órgão planeja reunir, não apenas a Câmara da Soja, mas também a do Milho, junto a todos os elos da cadeia produtiva, em Brasília. Este encontro, marcado para a segunda semana de janeiro, tem o objetivo de construir uma agenda que contemple ações estruturantes e emergenciais para o setor.
