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Feijão: Vazio sanitário começa dia 5 de setembro em Goiás

Calendário tem início para 80 municípios goianos inseridos na região 1, e no dia 20 de setembro para 153 cidades que integram a região 2. O foco é reduzir a incidência da mosca branca no feijoeiro comum

Com o objetivo de reduzir os prejuízos causados pela mosca branca nos cultivos do feijão comum, começa em setembro o vazio sanitário da cultura em Goiás. A medida fitossanitária visa garantir a ausência total de plantas vivas de feijão no campo.

O produtor rural goiano precisa ficar atento ao calendário, porque o vazio sanitário tem prazos diferentes para cumprimento no Estado, sendo dividido em duas regiões. No caso da região 1, com 80 municípios, o período será de 5 de setembro a 5 de outubro. Já para os que estão inseridos na região 2, que são 153 municípios, o vazio será de 20 de setembro a 20 de outubro.

Durante a vigência, que é de 30 dias, deverão ser eliminadas, por meio de controle químico ou mecânico, todas as plantas de feijoeiro comum, cultivadas ou voluntárias.
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, enfatiza que a Agência é a responsável pelo serviço oficial de defesa agropecuária em Goiás e adota sistematicamente, desde 2014, medidas oficiais estabelecidas por atos normativos, de modo a minimizar os impactos socioeconômicos acarretados pelas pragas de maior relevância ao sistema produtivo do feijão, como a mosca branca.

“Desenvolvemos um trabalho fitossanitário para garantir a sanidade vegetal e para evitar perdas nas produções. Os fiscais estaduais da Agrodefesa estão sempre em campo para orientar o agricultor e explicar, por meio de educação sanitária, a importância de seguir o que está estabelecido pela instrução normativa”, informa.

Prejuízos

Desde a década de 1970, a mosca branca tornou-se, provavelmente, a doença viral mais devastadora do feijoeiro comum. Os danos diretos pelo ataque do inseto são causados pela sucção da seiva da planta e inoculação de toxinas. Além disso, parte da seiva pode ser excretada na forma de um líquido que favorece o crescimento de fungos que prejudicam a fotossíntese e respiração da planta, provocando assim alterações que levam a redução da produtividade e da qualidade dos grãos. Mas o principal dano causado pela praga é indireto, por meio da transmissão de viroses como o mosaico dourado do feijoeiro e o carlavírus (Cowpea mild mottle virus).

A gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, reforça que a mosca branca, como inseto vetor do vírus do mosaico dourado, pode alterar o desenvolvimento vegetativo e reprodutivo do feijoeiro. “O resultado disso é queda na produtividade e na qualidade dos grãos. Por isso, a necessidade de o produtor adotar as medidas fitossanitárias necessárias à cultura”.

Saiba mais

A Agrodefesa e a Embrapa Arroz e Feijão vão realizar estudos para servirem de base científica para possível alteração no calendário do vazio sanitário do feijão em Goiás. O assunto já foi discutido junto a representantes do setor produtivo, como Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Associação dos Produtores de Soja do Estado de Goiás (Aprosoja Goiás) e Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Confira todo calendário no site da Agrodefesa: agrodefesa.go.gov.br

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