As características das regiões e a dimensão territorial brasileira, deram origem a tipos diferentes de agricultura, desde modelos mais tradicionais, a outros mais automatizados, atendendo os mais diversos tipos de cultivos. De fato, o mercado a ser atendido pelo agricultor também influencia no modelo de agricultura praticado. Veja a seguir quais são os seis principais tipos de agricultura no Brasil e a explicação de cada um deles.
A agricultura moderna é um modelo de produção, baseado na incorporação constante de tecnologia como a agricultura de precisão e a agricultura digital, que se tornaram realidade no dia a dia do produtor brasileiro.
O uso da tecnologia e de técnicas modernas de produção permitem a esse tipo de agricultura obter produtividades e rentabilidades cada vez maiores.
Agricultura intensiva
Agricultura intensiva e agricultura moderna são termos quase usados como sinônimos. Afinal, ambos surgiram no século XX para atender à crescente demanda mundial por alimentos.
Com auxílio de maquinário, defensivos, insumos e outras tecnologias, os agricultores finalmente conseguiram aumentar a produção e a rentabilidade da lavoura, potencializando o resultado obtido em cada metro quadrado da propriedade.
No entanto, caso seja realizada de forma incorreta e com má gestão, a agricultura intensiva pode esgotar o solo, além de provocar outros prejuízos ambientais.
Agricultura extensiva
A agricultura tradicional ou extensiva é aquela que utiliza técnicas básicas e tradicionais de produção, incluindo pouca mecanização e baixo investimento em tecnologia, nem sempre resultando em altas produtividades para os produtores
Vale lembrar que a agricultura extensiva ainda é muito empregada no Brasil por pequenos agricultores. Normalmente a produção é utilizada na alimentação de subsistência ou no abastecimento do mercado local.
Agricultura familiar é um tipo de sistema agrícola em que pessoas da mesma família trabalham na terra.
Apesar de também ser utilizado para a subsistência, esse tipo de agricultura também é o principal responsável pelo abastecimento do mercado interno brasileiro de alimentos.
De acordo com dados do Censo Agropecuário realizado pelo IBGE em 2017, 77% das propriedades agrícolas do país utilizam o sistema de agricultura familiar.
Esse é um sistema tão importante para o país que existem várias políticas públicas voltadas para o fortalecimento da agricultura familiar, oferecendo apoio técnico e de financiamento.
Agricultura patronal a produção não é voltada para o consumo da família, e sim para o mercado interno e para a exportação.
Para isso, existe um alto investimento em otimização da gestão da lavoura, com contratação de trabalhadores qualificados e utilização de diferentes insumos, manejos e tecnologias que assegurem a rentabilidade do negócio.
Assim, é possível aumentar a produtividade do campo. Esse modelo é utilizado em médias e grandes propriedades e que possuem um grande potencial produtivo.
Com forte apelo ambiental e nutricional, a agricultura orgânica deixou de ser apenas uma tendência para se tornar um verdadeiro nicho de mercado.
Ela se baseia em uma produção com menor uso de defensivos e fertilizantes, e no uso de insumos de origem natural.
Segundo a Associação de Agricultura Orgânica, esse modelo de produção agrícola desenvolve tecnologias apropriadas à realidade local de solo, topografia, clima, água, radiações e biodiversidade própria de cada contexto, mantendo a harmonia de todos esses elementos entre si e com os seres humanos.
Vale lembrar que a agricultura orgânica possui a mesma base ecológica da agricultura natural, biodinâmica e agroecológica. No entanto, elas utilizam técnicas e conhecimentos diferentes.
Reforçando que Independente do tipo de agricultura, todos os modelos de produção são importantes para o país.
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), entre 2011 e 2021, a participação do Brasil no mercado mundial de alimentos saltou de US$ 20,6 bilhões para US$ 100 bilhões.
Este saldo positivo é resultado do trabalho dos agricultores do país que têm investido em aumento de produtividade, investido em inovações e trabalhado para conquistar novos mercados para os produtos brasileiros.
Ao mesmo tempo, o Brasil tem um mercado de 212 milhões de habitantes, que são alimentados, em boa parte, pelos alimentos da agricultura familiar. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 70% dos alimentos consumidos no país vêm deste tipo de produção agrícola.
Seja qual for o tipo de agricultura que o produtor utilize na lavoura, o importante é entender que todas são muito importantes para o desenvolvimento do país e para contribuir com o desafio de aumentar a disponibilidade de alimentos.
No entanto, todos os tipos de produção agrícola deverão se preparar para o futuro, especialmente por conta da necessidade de se adotar novas tecnologias e manejos, cada vez mais disruptivos, além de usar práticas sustentáveis para a produção.
Importante aliada nessa jornada do produtor pode ser a agricultura digital. Independente do tipo de agricultura utilizada, plataformas digitais, como Climate FieldViewTM, da Bayer, oferecem funcionalidades que permitem tomar melhores decisões a fim de tirar o máximo de alimentos da mesma área plantada, além de reduzir o desperdício de insumos.
A agricultura do futuro será, cada vez mais, focada em atender parâmetros ambientais, sociais e de sustentabilidade econômica.