Em seis anos, fabricação saltou de 10,2 milhões de litros para 412,6 milhões de litros no estado de Goiás, porém a fabricação concentra-se no Mato Grosso
O etanol, como combustível para automóveis, é uma alternativa sustentável à mobilidade urbana, sendo uma resposta mais rápida e eficaz ao processo de descarbonização. O uso do produto é considerado primordial para que se alcancem as metas de redução de emissão de gases de efeito estufa, com as quais o Brasil se comprometeu em acordos internacionais.
No Brasil, o biocombustível, além de utilizar a cana-de-açúcar como matéria-prima, avança no uso do milho. A produção se concentra principalmente na região centro oeste. O Presidente da União Nacional do Etanol de Milho, Guilherme Nolasco fala dessa expansão.
Aqui em Goiás a fabricação de etanol de milho cresceu quase 4.000% mas apenas cinco usinas flex produzem etanol de milho por aqui. Para se ter uma ideia, só uma planta no Mato Grosso produz mais etanol que Goiás.
Para o Presidente da União Nacional do Etanol de Milho, Guilherme Nolasco , o estado está perdendo a oportunidade de produzir mais combustível derivado do grão. Em 2021, a produção goiana chegou a 412 milhões de litros, já a indústria mato-grossense atingiu 3 bilhões de litros. Este ano, só uma planta no Mato Grosso do Sul produzirá mais etanol que Goiás. “Estes outros dois estados do Centro-Oeste souberam adotar uma política de incentivo à produção de etanol de milho. Já Goiás mantém uma política de incentivo às exportações do grão”, adverte Guilherme. Para ele, o incentivo ao processamento do grão no estado resultaria no fortalecimento da cadeia produtiva, com maior agregação de valor, e mais geração de emprego e renda.
Na próxima safra, Goiás deve chegar aos 500 milhões de litros de etanol de milho, Mato Grosso do Sul aos 600 milhões de litros e Mato Grosso pode ultrapassar os 3,5 bilhões de litros.