Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro divulgado hoje, apresentou dados que os brasileiros já sentiram no bolso: as frutas mais consumidas no País ficaram mais caras em janeiro, devido principalmente à oferta menor desses produtos.
Em termos percentuais, a melancia registrou os aumentos mais significativos. Em Vitória, o preço dessa fruta subiu 47,5%, a R$ 2,57 por quilo.
Hortaliças
O preço médio da cebola no mercado atacadista brasileiro caiu 35,13% em janeiro em relação a dezembro. O recuo mais expressivo ocorreu em Rio Branco, onde o quilo ficou 49,4% mais barato, cotado a R$ 4,73.
Segundo pesquisadores, a baixa foi provocada pelo aumento dos volumes disponíveis no Sul do país, especialmente em Santa Catarina. “Em janeiro, os envios às Centrais de Abastecimento (Ceasas) a partir desse estado aumentaram cerca de 25%”, diz a estatal, em nota.
Depois de algumas altas mensais, o tomate também fechou com média mais baixa em janeiro. Na central paulista, o quilo teve média de R$ 3,54, quase 24% abaixo dos preços em dezembro. Na contramão, subiu 86,5% em Recife, para R$ 5,09. “Fator relevante foi a maior oferta de tomate a partir de São Paulo, atingindo um aumento de quase 40% em relação a dezembro de 2022. A safra de verão intensificou-se com a perspectiva de manter seus volumes nos mercados em fevereiro”, diz a Conab.
A cotação da batata, que vem em alta desde setembro, subiu cerca de 2,3% no país em janeiro. No entanto, o movimento não foi uniforme entre os mercados atacadistas — subiu 52,3% em Vitória, para R$ 4,61, mas caiu 14,3% no Rio de Janeiro, a R$ 1,82 o quilo. “O abastecimento é realizado atualmente pelo produto proveniente da safra das águas, e o excesso de chuvas, em janeiro, influenciou na redução da oferta do produto, pressionando os preços”, explica a estatal.
Já a cenoura, que passou por um período de alta de preços, seguido por uma queda abrupta e depois pela estabilidade em baixos níveis no decorrer de 2022, em janeiro voltou a ter alta nos preços. A baixa oferta de Minas Gerais e São Paulo explica o movimento. A média ponderada do mês aumentou 41,52% em relação à de dezembro. Em Goiânia, o avanço foi de 60,7%, a R$ 2,17 por quilo.
Fonte: Conab