Segundo o Relatório da Previsão da Oferta e Demanda Agrícola Mundial do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de janeiro, o balanço de oferta e demanda de alguns grãos teve mudanças importantes frente ao relatório anterior.
Soja
A produção de soja dos Estados Unidos passou de 118,3 milhões para 116,3 milhões de toneladas, principalmente pela redução do potencial produtivo médio do país. Para a Argentina, o relatório cortou em 4 milhões de toneladas a estimativa de produção da oleaginosa, totalizando 45,5 milhões de toneladas.
Para o Brasil, o relatório trouxe boas perspectivas, com produção de 153 milhões de toneladas, acréscimo de 1 milhão de toneladas em relação ao último relatório. Os estoques finais globais ficaram, em 2022/2023, pouco acima de 103 milhões de toneladas.
Milho
Para o milho, o relatório registrou um corte de quase 5 milhões de toneladas na safra norte-americana, totalizando 348,7 milhões de toneladas. A revisão teve como base a redução na área plantada em quase 650 mil hectares. Diante do clima adverso na América do Sul, o USDA estimou a produção argentina em 52 milhões de toneladas (3 milhões a menos que no relatório anterior), enquanto a safra brasileira recuou para 125 milhões de toneladas (1 milhão abaixo em comparação a dezembro).
Por outro lado, o departamento elevou sua estimativa de produção para a China, em 2 milhões de toneladas, para 297 milhões. A safra global de 2022/2023 foi projetada em 1.155,93 milhão de toneladas, ante 1.161,86 milhão em dezembro. O USDA estimou os estoques finais em 296,42 milhões de toneladas, abaixo das 298,4 milhões de toneladas indicadas em dezembro.